APOFENIA PSICOLÓGICA E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

APOFENIA PSICOLÓGICA E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

26 de fevereiro de 2021 Off Por Claudio Lima

Segundo o AGV, apofenia psicológica é o processo de construção das nossas realidades baseadas no que imaginamos ou no que os outros nos dizem, seja, a sociedade, as instituições de ensino ou os pregadores de filosofias ou as religiões, “sem reflexão”, nos levando a erro de percepção ou de julgamento. Devido a isso, construímos realidades psicológicas que não correspondem as verdades dos fatos e somos levados por elas.

No mundo contemporâneo, as pessoas estão sofrendo, cada vez mais, de “apofenia psicológica”, devido a uma educação antirreflexiva, que as levam a conclusões sobre vários temas psicossociais, entre eles psicológicos, sociais, políticos, religiosos etc., distorcidas por interesses ou suposições imaginárias implantadas por ideologias, profissionais ou falsos pensadores e religiosos, induzindo-as a criar e/ou acreditar em falsas verdades.

Por que será que isto está acontecendo?

Parece que nos perdemos nesse processo evolutivo psicossocial e agora estamos à deriva, como náufragos, nos agarrando a qualquer coisa, para sobrevivermos a esse mundo cada vez mais caótico, inumano e capitalista.

Ao analisar o nosso “desenvolvimento cognitivo-psicológico”, com olhar apo fênico, longe da realidade, nos consente acreditar que o nosso destino psicológico é determinado pelo “nosso passado”. Para o AGV, tal compreensão é um ato de desumanidade conosco, sem precedente.

Imagine, no caso de termos passados ruins, não devido as nossas escolhas e atitudes e sim, devido a atitudes de nossos pais ou de qualquer outra pessoa ou situação, mesmo não tendo consciência, seremos direcionados por esse passado conflituoso, desconhecido, inconsciente. Interessante! Desumano!

Para algumas teorias, podemos mudá-lo sim, por meio da “ressignificação” do nosso passado. Pergunto? E o passado “memorizado” como fica? O que faço com ele? Realmente consegue-se mudar o passado como uma nova reinterpretação? Como eles trabalham com o binômio razão x emoção.  O que eles fazem com o emocional. Como eles gerenciam o emocional? Como eles transformam o emocional sem que a razão esteja presente? Como eles nos preparam para a nossa maturidade emocional? E assim vai…

Como para o AGV o mundo psicológico é lógico, formado pelas lógicas cognitivas e vivenciais ou psicológicas. Já que, para ele, passado não muda, busca compreender as lógicas dos conflitos psicológicos e trocá-las por outras e não o passado emocional das pessoas por novas ressignificações. Só assim seremos capazes de mudar os nossos presentes, a nossas realidades psicológicas, como o nosso olhar sobre o futuro.

O AGV não consegue entender, como tal procedimento terapêutico, produz transformações em nossa relação com esses passados, já que, para ele, o nosso relacionamento com nossos conflitos, dependerá de como o percebemos e o interpretamos e das lógicas construídas por nós, sobre eles.

É importante destacar, que as nossas percepções, interpretações e suas lógicas são diferentes nas pessoas e em cada fase do seu desenvolvimento psicológico (criança, pré e adolescência ou de adulto) e que podem mudar infinitamente para melhor ou pior. Tudo depende de cada pessoa. Elas, indexadas à nossa maturidade psicológica, orientada por novos conhecimentos é o caminho para a nossa evolução como pessoa e não, o percebimento do inconsciente ou do nosso histórico emocional.

As nossas percepções e interpretações e suas lógicas são vulneráveis a nossa compreensão a cada fase do nosso desenvolvimento cognitivo-psicológico e não ao passado, ao emocional, ao trauma em si.

Elas são as meninas dos olhos da Psicologia, já que interferem na maneira de lidarmos com os nossos conflitos e traumas e na nossa dinâmica psicológica.

Os conflitos, os traumas, na verdade, nos dão “motivos”, “justificativas” etc., mas não “determinam”, “ufa”, o nosso destino psicológico, e sim as lógicas cognitivas- psicológicas construías por nós em relação a eles. Não entra aí a reformulação do nosso passado, apenas o percebimento de novas atitudes que poderemos ter diante daquilo que nos está acontecendo. Essas sim, podem ser mudadas.

Sendo assim, as soluções dos nossos conflitos têm como ponto de partida o que estamos vivenciando agora e a sua repercussão no nosso presente e futuro e não, em lembranças e regressões e no emocional.

O AGV, segue fielmente no ponto de vista de que quem faz a revolução dos nossos pensamentos, somos nós mesmos, ao mudarmos as lógicas cognitivo-vivenciais que nos guiam em relação a eles.

Nesse sentido, só haverá mudança se as nossas mentes oferecerem condições para um novo olhar sobre os nossos conflitos. Fatalmente, se nós continuarmos presos ao passado, ao trauma, fracassaremos.

Caso queiram aprofundar no assunto, leiam o ebook do Autogerenciamento Vivencial, publicado pela simplíssimo.com.br.

Para refletir: Psicólogo que trabalha com orientação psicanalista, seria: Psicólogo ou Psicanalista?

Ou seria um “Vegano” com orientação proteica.

É apavorante esse “olhar míope” dos psicólogos sobre a Psicologia.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.