REFLEXÃO SOBRE SI, AUTOCONHECIMENTO VIVENCIAL E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

REFLEXÃO SOBRE SI, AUTOCONHECIMENTO VIVENCIAL E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

27 de dezembro de 2021 Off Por Claudio Lima

A mente precisa que lhe dê algo para pensar.

Em termo de evolução podemos diferenciar o homem em dois momentos:

 O homem animal segue o dogma da evolução, onde o passar do tempo, possibilita a adaptação e a evolução física desse homem, cada vez melhor, nesse mundo natural, biológico e de sobrevivência física.

Já o homem psicológico, no seu processo de evolução, depende dos seus conhecimentos cognitivos e vivenciais e do seu auto investimento para a sua sobrevivência psicológica. Se autoconhecer passou a ser o elemento fundamental no seu processo de intra e inter relacionar com o mundo vivencial ou psicológico que hoje o envolve.

Para que esse homem psicológico existisse, foi preciso criar uma “linguagem simbólica”.

Esse olhar psicológico, simbólico sobre a vida, passou a cobrar dele, a cada momento, a cada dia, uma nova postura diante dos desafios, que agora envolvem, além da sua sobrevivência física, a psicológica, o que o obrigou, a buscar permanentemente novos conhecimentos sobre si e os outros.

Infelizmente, nessa busca de nós mesmo, reflete, em alguns momentos, a ilusão de que já nos conhecemos o suficiente e que não há mais necessidade de conhecer outros conhecimentos para o nosso crescimento psicológico.

Ao negar essas necessidades, precisaremos de algo que a justifique, por isso, criamos pensamentos composto de verdades imudáveis, que atuarão como armaduras psicológicas, que irão nos proteger dos questionamentos e das verdades diferentes das nossas, evitando qualquer conflito interior ao serem questionadas. É assim, não há qualquer dúvida, você não sabe o que fala etc.

É importante frisar, que é através da nossa lente pessoal além de filtramos “as informações” a respeito do mundo, dos outros e de nós mesmos, construímos as nossas verdades. Se a lente estiver embaçada por conhecimentos inadequados, iremos viver fora do contexto da realidade devido a essas verdades adulteradas.

Em razão disso, é imprencindível, mantermos ativos a nossa capacidade de autoconsciência e autorreflexão, a nossa flexibilidade mental, para que quando necessário, novos ajustamentos do pensamento sejam feitos, sem gerarem nenhum tipo de conflito.

Viver em metamorfose psicológica será a nossa sina. Nela, a nossa vida psicológica, jamais será uma unidade psicológica completa e perfeita, uma vez que precisará ser desenvolvida, a cada momento, a cada interação.

Entre os vários obstáculos ao nosso crescimento vivencial ou psicológico, iremos destacar três:

 A autocomplacência, onde o indivíduo obscurece os seus defeitos e dá ênfase a tudo que parece perfeito, no afã de buscar agradáveis visões sobre si mesmo. Nesses casos, o indivíduo sempre terá desculpas para os seus erros.

 A autopiedade, onde o indivíduo sente-se vítima em tudo, julga-se perseguido por todos e tende a ver com exagero os sofrimentos triviais, aumentando-lhes e transformando-os em tragédia.

 A auto severidade: onde o indivíduo, contrário da autocomplacência, se fixa sobre o que precisa ser corrigido em seu caráter ou personalidade e não toma interesse pelo que ele, eventualmente, possua de bom e positivo em si. Cria um clima de autopunição e de negatividade até as raias do desequilíbrio e conflito psicológico.

Continuemos….

Como o nosso desenvolvimento psicológico é um crescimento basicamente interior, além de depender da qualidade e de quanto investimos em termos de conhecimento, está ligado há algo muito especial, ao nosso psicológico, a nossa vontade, as nossas dúvidas, aos nossos questionamentos e as nossas ações, as mossas verdades etc. Posso conhecer a solução, mas, se nada fizer, nada mudará.

Nesse sentido, o trabalho sobre nós mesmo (autogestão), é a pedra fundamental do nosso crescimento interior. Na medida em que absorvemos novos conhecimentos, seja por meio de estudo ou vivência e do autoconhecimento, iremos descortinar as muitas pessoas, que vivem dentro de nós.

O que se percebe, que dentro de nós, podemos construir diferente pessoas, algumas piores (a infeliz, a vítima, a doente, a deprimida, a dependente, etc.), algumas melhores (a feliz, a vencedora, a determinada, a lutadora, a autossuficiente, etc.).

Cada uma delas, ao lhe darmos vida, irá lutar pela sua subsistência e procurará controlar a mente do seu criador com os seus pensamentos, as suas ideias, as suas verdades etc. Felizmente, compete a cada um de nós, estabelecermos a ordem interna.

Também é importante ressaltar, que cada personagem criado ou adotado por nós, representará a maneira que iremos viver e nos tratar. Muita atenção sobre isso.

Tem pessoas que devido aos seus conflitos psicológicos, adotam personagens que a levam a uma viagem de autoabandono, de autopunição etc. e que acabam esquecendo o que é certo ou errado para as suas vidas.

Essas pessoas, precisam urgentemente se reencontrarem para encontrar o caminho de volta para si. Não é justo manter-se à deriva, pois com o tempo, poderá se perder de si e esquecer quem é.

 Não seja irresponsável! Não é justo inventar ou adotar personagens só para suportar ou justificar o próprio sofrimento.

Na medida em que exploramos este mundo interior, chamado de si mesmo, compreenderemos que vivemos simultaneamente em duas realidades, interior e exterior e a falta de conexão entre elas é que gera desequilíbrios e conflitos psicológico.

Observar a si mesmo é urgente, inadiável, impostergável. A Auto-Observação é fundamental para que ocorram mudanças verdadeiras.

Enfim!!

Não torne o “autoconhecimento” uma tarefa árdua na sua vida, mas sim uma dádiva da Vida.

A nossa maior revolução como pessoa é conscientizarmos de que ao mudarmos as nossas atitudes internas iremos mudar a nossa vida externa.

Para aprofundar no conhecimento, leia o ebook do Autogerenciamento Vivencial editado pela simplíssimo.com.br.

Simplíssimo <ebooks@simplissimo.com.br

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.