SENTIMENTO DE REALIZAÇÃO E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

SENTIMENTO DE REALIZAÇÃO E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

13 de fevereiro de 2021 Off Por Claudio Lima

Por que será que nos deixamos convencer apenas por palavras?

Por que será que temos dificuldade em perceber as escuridões que existem nas palavras?

Por que será que não conseguimos dar sentido as nossas vidas por nós mesmos?

Por que será que perdemos a noção de família?

Será que isto está além da nossa compreensão!

Realizar-se, é sentir satisfeito plenamente, no que se faz ou se fez, não importa o que seja, nem o que exige ou exigiu para ser feito, pois é feito ou foi feito com satisfação.

Nesse sentido, sentir-se realizado é o grande desafio da era moderna, uma vez que esse sentimento é visto por ela, como um entrave no nosso desenvolvimento pessoal e socioeconômico. “É visto como um desestímulo para nos manter “eternamente insatisfeitos”, um empecilho para atingir os objetivos dela.

Por isso, busca desfigurar o homem, ao implantar nele, seus desejos e valores, tornando-o seu instrumento para sua realização e sobrevivência. Devemos apenas agir, refletir jamais, devemos focar naqueles objetivos determinados por ela e alcançá-los sem qualquer questionamento. Nem que para isso, tenhamos que nos maltratar ou nos desrespeitar. É a vitória dos derrotados.

Nesse processo desfiguração, umas das suas ferramentas para alcançar os seus objetivos, é anular a nossa capacidade de pensar, refletir, de avaliar os nossos atos, “fora do seu contexto”.  Nos transformar em uma boiada que precisa de ponteiros para guiá-las.

A outra é omitir, nos ludibriar, oferecendo a certeza, se fizermos do seu jeito, alcançaremos o tão desejado sentimento de realização no futuro, porém, o que ela não diz, que na verdade, ele jamais será alcançado plenamente, teremos alguns flashes de sentimento de realização.

Perceberam! Ela sobrevive da nossa insatisfação. Ela sabe, se não gerenciarmos a nossa incompletude psicológica, jamais alcançaremos a nossa satisfação plena. É o nosso querer mais, cada vez mais, mais…., que a mantém viva em nós.

Por isso, nos incute, desde pequeno, por meio de uma educação formal, que para sentirmos realizados, teremos que estudar, formar em alguma coisa, ganhar dinheiro, ter determinados bens, dedicação total no sucesso profissional etc., vender a nossa alma. Procura nos convencer que caso não consigamos, seremos eternos perdedores. “Nos aprisiona a sua ideologia, com jogo de palavras”.

Nesse astuciar, fica claro que, dependemos dela, para nos sentirmos satisfeitos. Só a nossa não basta.

Essa forma de entender a realização pessoal, tem confundido pessoas, já que muitas delas fazem ou fizeram tudo o que a sociedade diz que é necessário ser feito, mas continuam se sentindo vazias, infelizes, como se algo ainda faltasse a ser conquistado. O mais triste, é que algumas, buscam o caminho da droga para fugi desse vazio e outras, buscam na doença, no trauma justificar esse vazio.

Na contramão, existem pessoas que não são portadoras de tantos requisitos ou não venderam a sua alma que são felizes consigo e com a vida que levam. Vivem na simplicidade da vida.

O que será que elas possuem, que as outras ainda não? Consciência de que fazem parte do ciclo da mãe natureza, que por mais que façam, voltarão a ser pó, a fazer parte da terra. Voltar ao ventre da mãe Terra. A morte gerando vida.

Nessa contradição existencial, o homem se vê em uma encruzilhada: ou contínua buscando através de cursos, workshop, especializações etc. já que tudo que precisa, está no mundo exterior.

Ou, toma consciência, através das suas vivências, que só isso não é suficiente, uma vez que existe dentro de si, um ser, que não se satisfaz só com as conquistas sociais, que é preciso também o satisfazer.

Isso não quer dizer que as conquistas sociais não sejam importantes, não tenham valores e sim que as conquistas sociais sem que o nosso interior esteja envolvido, não preenchem as nossas vidas de forma satisfatória.

Como o sentimento de realização é uma leitura do nosso íntimo, do que ele precisa para se sentir realizado. Não depende do outro, da sociedade, somente de nós. É o sentimento da alma, do nosso interior, do nosso ser e não da sociedade, do mundo exterior.

Ouvir e gerenciar o nosso interior, conhecer dentro de nós, as nossas necessidades, nossos desejos, é o caminho da autorrealização. Qualquer ato praticado que não esteja de acordo com isso, será uma vã tentativa em alcançar o tão desejado sentimento de realização.

Precisamos de novas memórias. Daí a importância do Autogerenciamento Vivencial (AGV).

Caso queiram aprofundar no entendimento, leiam o livro Autogerenciamento Vivencial.

Nota:

Os que tem a sua realidade psicológica (suas percepções, interpretações) alterada por doenças, estão fora desse contexto.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.