A INTUIÇÃO E O TEMPO NAS NOSSAS ESCOLHAS E O SEU AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

A INTUIÇÃO E O TEMPO NAS NOSSAS ESCOLHAS E O SEU AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

9 de maio de 2020 Off Por Claudio Lima

Grande parte da vida consisti em mistério e o nosso objetivo é atingir o inatingível e não aceitar o inevitável.

O viver além de envolver processo lógico de escolhas, também envolve a nossa capacidade de entender, identificar ou pressupor coisas que não dependem de conhecimento empírico, de conceitos ou de uma razão pré-definida.

Em relação “ao tempo e a intuição” ainda não percebemos com muita clareza as suas influências nas nossas decisões. As suas causalidades nos acontecimentos das nossas vidas.

Em relação ao tempo, os acontecimentos que ocorrem agora certamente não seriam os mesmos se o momento fosse outro, ou seja, se fosse mais cedo ou mais tarde, em relação ao que aconteceu.

 Por exemplo: Se saímos de casa às 8 horas, vivenciaremos experiências diferentes das que vivenciaríamos, se saíssemos às 10h. Assim os acontecimentos não permanecem os mesmos durante todo o dia, ou seja, dependendo da fração do tempo, as vivências se diferenciam. Esse fato, nos chama a atenção, que cada trilha do tempo tem o seu próprio enredo e a escolha da trilha a ser caminhada passa a ser uma variável importante em nossas vidas.  

Outro ponto a analisar em relação ao tempo e o nosso viver, é que não temos nenhum poder sobre o “tempo da vida” e que ele não para de trocar o futuro pelo presente e o presente pelo passado,  não se importando com o que façamos com as nossas vidas.

Em relação a intuição, normalmente, efetuamos escolhas, sem observar o que sentimos em relação ao que vamos fazer. Não damos o devido valor ao nosso íntimo; deixamo-nos levar, muitas vezes, pelas racionalizações que realizamos dos fatos ou por verdades nos ensinadas ou aprendidas nas nossas vivências.  Não ouvimos o nosso interior; por estarmos demais apegados à lógica da razão e ao que conhecemos, como sendo, os únicos recursos que temos para dirigir nossas vidas adequadamente.

Embora a intuição seja um processo pelo qual nós utilizamos, às vezes, para chegar a uma conclusão sobre algo. É pouco aceita por uns e rejeitadas por outros, devido ao fato, de ser um conhecimento que brota de maneira inesperada, sem exigir nenhuma reflexão prévia. Ou seja, não precisamos pensar para tê-la. Ela é como um flash que alerta sobre um perigo, por exemplo; ou, então, indica uma saída para um impasse. Em segundos, nos dá uma pista de como superar certos obstáculos. 

O seu raciocínio para se chegar a determinadas conclusões, foge do cotidiano, é desconhecido da nossa memória. Surge do inesperado, fora do contexto, fato que faz muitos acreditarem que a intuição é um processo paranormal ou divino.

Entendida assim, temos dificuldades em aceitá-la como uma das formas de percebermos e descobrirmos soluções para alguns desafios das nossas vidas.

Porém, para percebê-la, é necessário que nos livremos de certos condicionamentos que atuam em nossa mente como bloqueadores. Mas antes é relevante que não nos sintamos ridículos ao valorizá-la. Que deixemos de ter o pensamento de que a razão, dominada por nós, é o único atributo que nos oferece a capacidade para entender e agir adequadamente.

Infelizmente dormimos e acordamos já sabendo qual a trilha do tempo a ser seguida e que escolhas iremos realizar no dia seguinte. Esse viver programado, sequencial, cronológico além de inibir a força mística e interior que existe em cada um de nós, tornou-nos avessos a tudo que não seja controlado, determinado e previsível por nossa razão.

É importante ressaltar que o pré estabelecido ou aprendido tem a sua importância, porém, não podemos perder a consciência, que em alguns momentos, limita-nos no encontro de novas soluções, robotiza-nos à medida que nos faz viver de uma maneira totalmente previsível. E isso atua, inevitavelmente, em nossas escolhas.

O perigo ocorre, quando nos prendermos exageradamente ao pré conhecido ou vivido, além de limitarmos a nossa capacidade de escolhas e entendimentos, passamos a atuar na vida de forma programada, desejando que tudo ocorra de acordo com o que planejamos. Vivendo o dia de hoje em função do que foi programado no dia de ontem e utilizamos o dia de hoje para programarmos o dia do amanhã, como tivéssemos poder sobre o acaso, o inesperado, o improvável. Caso não ocorra o planejado, os conflitos, as frustrações, decepções etc., surgem.

Infelizmente, estamos aprendendo a agir e a pensar, como se esses acontecimentos não fizessem parte do nosso dia a dia. Estamos desaprendendo a lidar com eles, graça a essa cultura em ser proativo, antecipar futuros problemas e necessidades para evitá-las.

Esses acontecimentos questionam a Deusa Atena e o Deus Cronos, que existem em cada um de nós.

Para o autogerenciamento vivencial, estarmos atentos, também, à intuição e ao tempo da vida, nos permitirá lidar com às nossas vivências, com outras perspectivas. 

Enfim! Planejar o nosso dia a dia é bom, porém, não podemos ignorar os acontecimentos inesperados, improváveis de cada dia.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.