A VIOLÊNCIA NA VISÃO DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

A VIOLÊNCIA NA VISÃO DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

5 de outubro de 2021 Off Por Claudio Lima

Nós humanos, em termos psicológicos, possuímos a capacidade de fazer a regeneração do nosso mundo psicológico e, para isso, precisamos mudar os paradigmas dos nossos pensamentos.

Essa força interior, construída após a fecundação do óvulo pelo espermatozóide, no início, estará sob o judice dos instintos, com o nosso desenvolvimento neurológico e cognitivo-vivencial, passará a ser gerenciada pelo nosso mundo psicológico, por nossos desejos, pensamentos e pelo que achamos corretos. Cada um de nós irá gerenciá-la de forma adequada ao nosso entendimento em relação ao que nos acontece.

Ela será o ponto de partida para qualquer ação de nossa parte. É ela que possibilita que qualquer ação pensada, movida por uma finalidade específica, seja realizada, porém, quem determina a qualidade da nossa ação é o nosso mundo psicológico. Qualquer alteração nele, reflitirá na qualidade da nossa ação, para pior ou melhor.

Em razão disso,  o elemento instigador de cada situação é que tem a função de fornecer o motivo a razão, para que ela construa a lógica desse motivo e ela, a lógica, por sua vez, nos guiará em relação a atitude que teremos.

A força interior só acompanha o que o elemento instigador determina através da lógica construída. É essa lógica cognitivo-vivencial constituída por cada pessoa que ditará o sentido da força. A força da vida só acompanha o que determina essa lógica, não interferirá em nada.

Nesse caso, cada um de nós terá condições de mudar a direção da força, basta mudar o elemento instigador e sua lógica que nos conduz naquela situação. No entanto, para que tal coisa aconteça, é imprescindível que ocorra novos aprendizados, novas escolhas, novos elementos instigadores, novas lógicas etc.

Nesse entendimento, violência é entendida como um comportamento “aprendido”, potencializado e que tem uma intencionalidade psicológica que, por sua vez, pode estar voltada para a pessoa (autopunição) ou para terceiros. É uma agressividade intencional e justificável, logo lógica e consciente, permitindo assim , ser gerenciada de acordo com a realidade psicológica de cada um.

 É o que está dentro da mente de cada pessoa que determinará a sua forma, a sua intensidade ou o seu controle, isto é, a sua construção e expressão. Logo, é preciso se dispor a violência para que ela aconteça.

Sendo assim, se torna possível, a cada pessoa, gerenciar a sua construção e expressão.

Por que aprendido? Por que precisa de um motivo, de um elemento instigador, de uma vivência para se formar na mente de cada pessoa.

Por que intencional? Por que depende da pessoa e dos seus desejos para se manifestar. Só a pessoa possui a capacidade e competência de  transformá-la em ato.

Logo, abordar o tema violência sem ter como foco a pessoa e sua subjetividade, tão-somente a repressão por meio da punição ou outro qualquer, não é adequado. Podemos sim, por determinado momento, torná-la inoperante, porém continuará potencialmente ativa na mente de cada pessoa e a qualquer momento voltar a se manifestar.

Sendo assim, é de fundamental importância nos preocuparmos, também, com a sua construção no interior de cada pessoa. Ao ser construída, fará parte dela. Administrar a sua utilização e intensidade dependerá só dela.  Aí e que mora o perigo.

Qual seria o caminho da não violência?

Com certeza, não é só através de leis antiviolência (violência contra violência), instituições repressoras ou aperfeiçoamento de armamento que a Sociedade irá sanar a violência social. E sim, se estruturando, valorizando e ensinando o caminho da paz, da fraternidade, não construindo dentro dela e das pessoas elementos instigadores de violência, deixando de ser a grande criadora, difusora e educadora da violência social.

Nesse sentido, a grande sabedoria social está em se desconectar da violência. Não construir dentro de si elementos instigadores de violência, evitando assim conviver e transmiti-lo para seus cidadãos. Precisamos parar de acreditar que só através de leis antiviolência e instituições repressoras ou se utilizando da mídia, conseguiremos aplacar a violência. É preciso trocar as verdades de lugar.

Além do mais, não podemos esquecer que o ser humano está em constante transformação psicológica, logo carente e dependente da sociedade e das suas verdades e mentiras e da sua justiça social.

Daí a importância de uma sociedade que não cultue a violência no seu ventre. Veja as sociedades tidas como primitivas, no seu seio não existe polícia, cadeia, etc. A relação entre os membros da mesma comunidade é de não violência. Infelizmente em relação a membros de outras comunidades, em alguns casos, existe a violência. O elemento instigador da violência, nesses casos, é constituído em relação ao outro, ao que não faz parte da sua sociedade. Um outro ponto a ser refletido.

Se a sociedade em vez de criar leis antiviolência, se preocupasse em não cultuar no seu ventre elementos instigadores de violência, certamente estaria no caminho da antiviolência. Veja! Filmes, desenhos animados, programas de tevê, etc., que cultuam diariamente a violência, dando vida a elementos instigadores da violência. Cria e ensina a violência, mas ao mesmo tempo combate à violência. Destacar a violência, não é ser violento? Afinal, o que a sociedade ganha sendo aquilo que critica. Poder, dinheiro! Isso é coisa de….

Pergunto: Criar e vender instrumentos de violência. Resolver as diferenças através de guerra, etc. Não é culto a violência?

Enfim. Com essa educação antiviolência estruturada só na punição, já percebemos que não é a solução mais adequada, como também, a sua divulgação através dos meios de comunicação, bombardeando as cabeças das pessoas com informações de atos de violência, formando cada vez mais, nas mentes delas, elementos instigadores de violência e uma predisposição a violência.

Devido a isso, os atos de violência, tornaram-se, algo tão comum, que não mais nos incomoda. Inclusive, há pessoas que adoram assistir programas de divulgação só de atos de violência. É preciso de um novo olhar sobre a questão antes que seja tarde.

Inserindo nesse contexto, o AGV, busca apresentar um novo entendimento, ao vê-la como uma construção lógica, consciente e não emocional, inconsciente ou inata.

Ele acredita que a peregrinação antiviolência, deve se iniciar com um novo processo educacional, onde a pessoa passe a ser o centro de todo o processo e não a punição.

Investir sim nas pessoas e suas carências para que elas não criem elementos instigadores da violência que, certamente, irão refletir dentro de si e na sociedade em que vive.

Para que isso aconteça, a peregrinação antiviolência deve começar pelos adultos, já que são eles que educam as crianças com suas atitudes, comportamentos e pensamentos. Adultos menos violentos, criança menos violentas, novos adultos menos violentos.

A peregrinação da antiviolência, deve iniciar no interior de cada pessoa, como a responsabilidade de não passar para as crianças, seres em formação, a sua violência.

Infelizmente, no momento atual, a violência se faz presente, na família, na sociedade, em guerras, torturas, conflitos étnico-religiosos, preconceito, assassinato, fome, violência contra mulher, criança e idoso, violência sexual, violência urbana, etc. Existe também a violência verbal, que causa danos psicológicos, que muitas vezes são difíceis de esquecer.

Para refletir.

Por que será que o paraíso só existe após a morte?

Para aprofundar no conhecimento, leia o ebook do Autogerenciamento Vivencial editado pela simplíssimo.com.br.

Simplíssimo <ebooks@simplissimo.com.br

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.