AUTOFAGIA PSICOLÓGICA E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

AUTOFAGIA PSICOLÓGICA E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

2 de maio de 2020 Off Por Claudio Lima

O que se percebe, fazendo uma análise da mente humana é que desde a sua criação e submergindo no seu processo de evolução, é destinada a obedecer, seguir ordens. É nelas, que encontramos significados e direções para as nossas vidas. Nesse sentido, somos seres que carecemos de razões, de verdades, enfim, de motivos para viver, mudar, acreditar, pesquisar, conquistar etc. e até para morrer. Sejam essas razões criados por nós ou não.

A nossa consciência, nesse sentido, depende delas para construir o seu destino e elas, por sua vez, dependem da consciência para continuarem existindo em nós.

Olhando com mais atenção, dentro da mente, observa-se que além do processo simbiótico entre elas, observa-se também, um processo autofágico, uma se nutre da outra no processo de construção, reconstrução e manutenção das nossas verdades.

Autofagia psicológica, é o ato das pessoas, se alimentarem das suas verdades, sejam elas criadas por elas, através da realidade dos fatos ou da imaginação ou das verdades de terceiros. Nesse processo, as suas mentes alimentarão e realimentarão do que é alimentada. Olha o perigo!

É de fundamental importância saber que verdades seguir, como também, ter consciência da “vulnerabilidade da nossa consciência”, a essas verdades.  Dependo do seu “conteúdo”, poderão produzir sofrimentos e o nosso aprisionamento a elas. Há pessoas que se aprisionam a elas pela eternidade. Não há, no mundo psicológico, nada mais desumano que agir assim.

Para que isso não aconteça, ter o domínio sobre as nossas verdades, passa a ser vital para o nosso bem estar. Só assim, evitaremos aquelas edificadas, sem qualquer reflexão, sejam absorvidas e memorizadas em nossas mentes. Caso sejam, estarão no comando da nossa consciência e teremos dificuldades para perceber a saída desses labirintos de razões, criadas por elas. Olha a responsabilidade.

E o pior, enquanto escravos delas, não haverá razões no mundo, que nos fará mudar de pensamentos. Elas nos engolirão, sem pena e dó, já que não existirá, de nossa parte, qualquer dúvida a respeito delas. Elas estarão acima de qualquer dúvida. Não há o porquê as mudar. Não há como desobedecer a consciência, quando nós não vemos motivos ou não queremos.

Diante disso, é ato de maturidade e saúde psicológica e de sabedoria nos impedir de ficar “submerso” em pensamentos que não respeitem a nossa integridade psicobiológicas e social. A nossa natureza humana.

É importante conviver com esses ciclos de pensamento, o menor tempo possível e espaçar o máximo o tempo entre a criação de novos. Este é o caminho da harmonia do nosso mundo psicológico.

Infelizmente, enquanto ignorarmos, que em termos psicológico, a nossa mente é impermanente e que ela, nos permite, através de novas escolhas, transformá-la. Nós temos o poder de gerenciá-las. Caso não façamos, seremos consumidos eternamente por elas. Então pergunto. O porquê de ficar aprisionado a determinadas razões, se elas podem ser alteradas?

Porém, todavia, contudo, caso, algum dia, queiramos mudar essas realidades, precisaremos, primeiramente, pensar entre os espaços vazios entre cada pensamento, para fugir da sua tirania. Não há como esquecer o inesquecível. Só assim, conseguiremos fugir dessa prisão sem grade, construída por esses pensamentos.

Que bom, que podemos alterar os nossos pensamentos sem precisar do destino, de divindades, do tempo ou de promessas para fazê-los. A autogestão das nossas verdades, torna-se tudo possível.

Cuidado! Ao privar-se da mente, a autoconsciência e a autorreflexão, nas suas escolhas, não serão necessário atos de inteligência e de reflexão e sim de servidão.  

Infelizmente, em pleno século XXI, há pessoas que pensam com os pensamentos dos outros e o pior, se acham pensadores, intelectuais e sábios e ainda mais interessante, recebem honrarias, títulos de doutorados, Ph.D. com essas ideias, sem terem criados nada, só as reproduzindo em suas teses e pensamentos. Viva o capitalismo das ideias, das informações, dos pensamentos.

Não pense que ao falar com as suas palavras o que o outro falou, o torna inovador ou criador de algo. Algo para ser novo precisa trazer diferença mas nas ideias, nos pensamentos.

Enfim, é importante ressaltar que as ideias dos outros, são importantes no nosso processo de autotransformação. O que se destaca aqui, é seguir as suas verdades ou as dos outros, nutrir-se delas, sem qualquer reflexão sobre elas. Deixar de analisar as suas consequências nas nossas vidas e nas dos outros.

“NÃO SE AUTOCONSUMA NOS PRÓPRIOS PENSAMENTOS”

“O NOSSO ESTADO EMOCIONAL NOS INFORMA EM QUE LÓGICA PSICOLÓGICA ESTAMOS VIVENDO”.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.