CRIANÇAS, SUAS MEMÓRIAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA VISÃO DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

CRIANÇAS, SUAS MEMÓRIAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA VISÃO DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

16 de janeiro de 2021 Off Por Claudio Lima

Infelizmente o que se vê no dia a dia, é uma compreensão inadequada da memória e suas consequências no desenvolvimento psicológico das crianças.

Essa incompreensão desvirtua pessoas a tratarem as crianças como se não tivessem memória ou a acreditar que, o que lhes acontecem, se apagam naturalmente com o tempo, e os abusos e desrespeitos não produzirão consequências psicológicas nas suas vidas, já que, ao crescerem, irão esquecer naturalmente o que lhes aconteceu.

Esse olhar, serve de pretexto, para alguns adultos, a desrespeitarem fisicamente e psicologicamente, “sem culpa”, uma vez que não avaliam as consequências das suas atitudes e comportamentos em relação a elas, maltratando-as fisicamente e psicologicamente, inclusive, abusando sexualmente, como se nada fosse acontecer em termos psicológicos.

Como também, há aquelas pessoas que, imbuídas das melhores intenções, as “punem” de forma irracional (inadequada) com o receio que no futuro se tornem “marginais”. As maltratam para um bem maior, produzindo dor e sofrimento para que no futuro não sofram. Que insensatez!

Embora as regras se façam necessárias para disciplinarmos atitudes e comportamentos das crianças, não necessariamente precisa ser através da violência verbal, física e do desrespeito. É preciso afastar definitivamente de nossas mentes, o raciocínio cujo teor afirma que, somente com o emprego da punição através de atos de violência e possível desenvolver o senso de responsabilidade, elemento significativo no processo de socialização e aprendizado das crianças.

É preciso acordar para essas atitudes “anti-humanas.” Elas precisam ser repensadas e não só coibidas através de leis, uma vez que as crianças além de terem memória, também constroem as suas realidades psicológicas de acordo com que estão vivendo e viveu.

Mais responsabilidades Psicólogos ao falarem sobre o tema dar limites as crianças. Não se esqueçam que as crianças são seres incompletos e em transformações e que mudarão de acordo com a fase do seu desenvolvimento até o seu envelhecimento e morte.

É na fase da pré-adolescência e adolescência é que se começa a aperfeiçoar as pessoas que serão. Antes é só interação com o desconhecido. Aprendizado. Não é o fato de terem sido punidas pelas suas teimosias durante a infância que as tornaram melhor e sim a “consciência” que elas construíram sobre certo e errado.

Sejamos apenas Psicólogos e não papagaio de pirata.

Que tal refletir sobre essas imagens

Crianças tem memória sim. Cuidado com o que estão fazendo com elas, as “cicatrizes” produzidas nelas, serão para sempre. Não tatuem seus corpos e suas mentes com dor e sofrimento para que tenham um futuro melhor.

Acordem! Não sejam os gestores das suas revoltas, complexos e traumas.

Para melhor entendimento do artigo, é recomendada a leitura do livro Autogerenciamento Vivencial – o cuidar de si.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.