FELICIDADE

FELICIDADE

4 de setembro de 2020 Off Por Claudio Lima

Que viver é esse, se as pessoas sempre projetam a felicidade para o futuro?

Elas vivem o presente desejando que tudo passe rápido. Acreditam que o próximo momento a ser vivido lhes trará muito mais. Vivem à espera de algo que se perpetua no amanhã, sem perceber que o presente foi o futuro ontem. E, assim, o momento atual não tem nenhum valor, pois estão todas alheias, indiferentes, apáticas, insatisfeitas. Curtem cada vez menos o agora; na imaginação flutua o pensamento de que o desejado só será realizado no dia seguinte. Esperam a felicidade como se ela fosse algo que viesse sem a participação de si próprio.

Para elas, a felicidade plena está lá fora e, num belo dia, será encontrada. Pensando assim, começam a idealizá-la em alguém ou em algum objeto de desejo. Pobres seres humanos! Nessa busca insensata, colocam a possibilidade de tê-la na sorte, no destino, no outro ou em Deus.

Tal concepção nos coloca à mercê do mundo lá fora. E a felicidade que deveria ser duradoura acontece, de quando em quando. Para tê-la de modo diferente, precisamos reformular o nosso entendimento. Não é novidade dizer que nós, humanos, somos seres sociais e que dependemos uns dos outros para compartilhar conhecimentos e afetos. Mas daí concluir que a felicidade está em algo ou alguém é um grande engano. É acreditar que o outro tem a capacidade de nos satisfazer por completo. Não é bem assim que acontece. A sensação produzida por uma conquista externa tem prazo de validade, por isso sentimos a necessidade constante de renová-la. E isso nos mostra que o caminho que devemos seguir para consegui-la não é bem esse.

Essa felicidade, obtida de tal maneira, além de transferir para o mundo exterior o poder de produzi-la, cria em nossa cabeça um vazio existencial. Além disso, nos prega uma peça, nos faz acreditar que só essa fórmula de ser feliz é democrática, ou seja, igual para todos.

Embora as conquistas sociais contribuam para o nosso bem-estar, a felicidade é fruto de uma decisão pessoal. Cabe a nós desenvolver em nosso interior as condições para que ela possa ser vivenciada. Basta acreditar na possibilidade e agir, basta querer realmente ser feliz. Somos, na verdade, os únicos responsáveis pela nossa felicidade. Cobremos isso de nós; não do mundo.

A felicidade, sem dúvida, é uma conquista interna. Ela se desenvolve de dentro para fora. Não existe em outro lugar, a não ser na alma de quem a deseja. Quanto mais a procurarmos fora de nós, mais insatisfeitos ficamos. Precisamos criar dentro de nós as condições para tê-la. Ela é construída com nossos pensamentos e sentimentos, não com o desejo vaidoso de possuir coisas. Não podemos aceitar a crença de que a felicidade existe inerente às coisas que compramos.

Para sermos felizes, algumas condições devem existir. A felicidade não coexiste com a aflição, o medo, o rancor, a raiva, o ódio, o ressentimento, o ciúme, a incompreensão, o desamor, a frustração, a decepção etc. Enfim! A felicidade é algo que procede do nosso íntimo. Quem a desperta e lhe dá   sentido e intensidade somos nós mesmos.

Pense: A vida nos oferece diversos caminhos. Por que insistimos em ir somente pelo caminho das decepções, das frustrações e das revoltas? A vida não tem que atender a todos os nossos desejos, não é esse o raciocínio que deve prevalecer em nossa lógica, na busca da felicidade, como também, não use a ausência da dor, da decepção, da frustração etc., como elementos importantes na sua lógica da felicidade. Só serei feliz se…….

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.