LIMITE, SUA DINÂMICA E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

LIMITE, SUA DINÂMICA E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

13 de dezembro de 2019 Off Por Claudio Lima

Nessa caminhada pela vida, somos seres que não fazemos tudo o que queremos, logo, somos regidos por limites, sejam eles sociais, mentais, psicológicos, fisiológicos, físicos, espaciais… e é dentro deles que nos movemos. Eles não são estáticos e requerem de nós eternos aprendizados. Em termos psicossociais, dar e ter limite é um desafio permanente em nossas vidas, já que nascemos com certas liberdades de escolhas, que se iniciam no nascimento e se estendem até a nossa morte.

Sendo assim, a nossa vida é subjugada a um processo de aprendizado ininterrupto, no qual, cada transformação psicossocial sofrida, estabelece novas regras que nos obrigam, em alguns momentos, a abandonar as anteriores, para se adequar a elas.

Logo, não é algo que só tem importância numa determinada fase das nossas vidas, e sim, durante toda as nossas vidas.

Nesse caso, cultuar e priorizar só os limites de uma criança, para o Autogerenciamento Vivencial (AGV), é um olhar restrito sobre o nosso aprendizado psicossocial.

Como também, não é verdade afirmar, que somos resultados dessa educação ensinadas quando crianças, já que possuímos capacidade de mudarmos por vontade própria ou para adequarmos as novas regras sociais e até, de fazermos o errado conhecendo o certo.

Então, o porquê de endeusar o ditado que é na fase de criança que se constrói o adulto do amanhã?

Ao pensarmos assim, teremos que ignorar que a mente humana é quântica, impermanente, que muda a cada momento, a cada fase da evolução, instigada por aprendizados, mudanças, necessidades, desejos ou devido a novas escolhas, deixando de fora os casos de doenças mentais. Logo, não há como ignorar que os limites ensinados durante cada fase, jamais a impedirão, que no futuro, ao serem donas de si, sigam outros caminhos para o bem ou mal.

Infelizmente, é muito presente nas mentes dos pais, que foi devido a essa educação que se tornou a pessoa que é. Por pensarem assim, muitos deles, passam do limite, levando-os ao descomedimento nas suas atitudes, comportamentos e pensamentos em relação aos filhos.

Bradam ao vento, que agem assim, porque é um mal imprescindível e que é necessário corrigi-los agora para que no futuro não se tornem marginais, que errariam se não o fizessem.

Para sobrepor esses entendimentos se faz necessário o surgimento de uma nova Psicologia, uma Psicologia com olhar quântico, que traga no seu embrião, que o mundo psicológico é quântico, logo impermanente, vulnerável ao imprevisto, ao inesperado, ao não imaginado e as escolhas.

Com esses novos conhecimentos, não se deseja negar a importância de dar limites à criança e sim, mudar o entendimento sobre ele. Parar de projetar para o futuro o que ela será, se isso não for bem feito.

Deixar de vê-lo com o poder de determinar o caráter, a personalidade das pessoas.

Ter a consciência, que esses momentos, representam apenas umas das fases desse ser em desenvolvimento. Excesso de punição não ensinam e podem gerar revoltas e descaminhos.

Enfim, que entendam que em determinado momento, elas irão seguir os seus próprios passos.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo, Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor da Psicologia Quântica.