O AMOR COMO UMA FORÇA NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL (AGV)

O AMOR COMO UMA FORÇA NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL (AGV)

28 de dezembro de 2019 Off Por Claudio Lima

O amor é uma força que integra a nossa estrutura psicofisiológica. Existe por si mesmo e é expresso através do carinho, do afeto, da ternura. Está pleno dentro de cada um de nós, não precisa de ninguém para existir e ser sentido. Só basta vivenciá-lo. Ele se manifesta de duas maneiras: em direção a própria pessoa (autoamor), ou em direção ao outro (amor).

É a força que nos orienta e enriquece a nossa interação com o mundo. Sem ela, nos tornamos cegos, vazios, sem rumo e prumo.  Perdemo-nos de nós mesmos.

Nos tempos atuais, nos é ensinado que os valores a serem conquistados estão no mundo exterior. Passamos, então, a buscar tudo que nos falta ou tudo que temos que aprender fora de nós. Esquecemos que dentro de nós existe uma pessoa que tem as suas verdades e necessidades e que precisa ser amada, compreendida, respeitada e desenvolvida.

Ao nos avaliarmos, guiados pelos parâmetros do mundo exterior, colocamo-nos em segundo plano. Deixamo-nos de indagar sobre os efeitos de uma atitude ou de um comportamento; se a concepção de vida que estamos seguindo é capaz de nos fazer felizes. E o resultado disso é que enfraquecemos a força do amor, sem perceber: já não compartilhamos, já não amamos sem esperar retornos. A ela damos um novo sentido: o amor que sentimos existe na medida do prazer. Se não houver prazer, não haverá amor, eis a concepção do nosso mundo capitalista. Boa parte dos nossos erros é por falta de reflexão, é por ignorância, não é, em muitos casos, por maldade.

É hora de compreender que a força do amor é essencial em nossas vidas. Em vez de exigir amor, devemos nos amar e procurar dar boas razões para que as pessoas nos amem. Ninguém tem o poder de nos dar ou tirar a força do amor. Só nós temos a capacidade de gerenciá-la ou de ignorá-la. Logo, achar que o amor nasce de uma relação é pura ilusão; assim como achar que podemos dar amor para quem não tem ou ser preenchido pelo amor do outro. Todos nós já o temos, dentro de nós. Se não nos conectamos a ele, dando-lhe o devido valor, o problema é só nosso. Sem essa força, bloqueamos o dom de olhar para dentro com o intuito de repensar nossa vida para enriquecê-la, e até mesmo para mudá-la.

A vida nos dá liberdade para usá-la. Podemos escolher o que amar, o modo como desejamos amar e quem desejamos amar. É importante saber gerenciá-la, pois o amor enriquece as nossas vidas.

A forma como ela é expressa revela o valor que lhe damos em nosso mundo interior. E isto acontece conforme a nossa lógica cognitivo-vivencial. Ninguém expressa, inconscientemente, a força do amor.

A nossa lógica não só determina a maneira de reagirmos aos acontecimentos da vida como também determina os efeitos que recaem sobre nós.

Negar ou ignorar a força do amor é perder o sentido maior da vida. Seu desconhecimento faz com que as pessoas se percam de si mesmas e fiquem dependentes umas das outras para poderem sentir o que já existe dentro de cada uma delas.

Cuidado! Cada vez que se ignora a força do amor mais a alma da gente se fragiliza, mais é dominada pelo seu oposto, ou seja, pelo desamor. Uma pessoa que se rejeita viverá sob o domínio da força da rejeição e sempre vai achar que os outros também a desprezam. Lidar com o oposto será o seu maior desafio. Bastará alguém discordar dela para logo se sentir humilhada.

Cada um de nós precisa saber atuar no mundo interior. Conhecer o que acontece nele, ou seja, os motivos e as razões, as causas e os efeitos, enfim, as lógicas que conduzem o nosso modo de ser. O autoconhecimento permite reavaliações e reformulações de toda a nossa estrutura psicológica. E a partir daí, advirá, sem dúvida, a tomada de consciência necessária para uma interação mais construtiva com a força do amor.

A motivação que nos estimula a viver procede do nosso íntimo. É ela que nos incentiva a usar a força do amor em nosso benefício. Afinal, amar nos evolui psicologicamente, nos dá paz e bons motivos para viver. É, dessa forma, uma necessidade. E o nosso bem-estar mental depende, indubitavelmente, da maneira e da intensidade com que, nos amamos.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.