VÍCIOS, SUA DINÂMICA E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

VÍCIOS, SUA DINÂMICA E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

16 de setembro de 2021 Off Por Claudio Lima

“É você quem cria, se aprisiona ou se liberta dos seus vícios”.

Visto que, é a nossa mente que percebe e interpreta o que nos envolve, dando origem aos nossos pensamentos e suas lógicas psicológicas que, por sua vez, determinam à nossa maneira de agir e comportar diante do que nos instiga. Nada é inconsciente, emocional e nem orgânico ou alimentar e sim psicológico, lógico e consciente.

Para haver vícios é preciso que a mente humana esteja à procura de algo, de forma sistemática, para amenizar sofrimentos, lidar com situações (decepções, frustrações etc.) ou atenuar ansiedade ou satisfazer prazeres.

Somos nós que nos viciamos ao sermos envolvidos por “soluções inadequadas”, arquitetadas por nós, para resolverem os nossos conflitos e desejos.

Nesse sentido, vícios são hábitos criados e desenvolvidos pela mente humana, embora de forma imprópria, para lidar com determinadas situações que requerem dela, revivência diária ou constante.

Em razão disso, nos permite afirmar, que o vício tem como elementos instigadores, necessidades, prazeres ou carências psicológicas, que acabam impondo uma maneira de reagir a essas situações, acarretando prejuízos físicos e/ou psicológicos as nossas vidas.

Em função disso, podemos afirmar que ele está indexado ao mundo psicológico e a memória “e não” ao elemento que o satisfaz, ou seja: a comida, a bebida, ao álcool, as drogas etc. ou aos nossos prazeres.

A sua frequência e gravidade serão proporcionais às nossas necessidades ou carências psicológicas. Nos casos do prazer, aos nossos níveis de desejos.

Por exemplo: No caso da bebida alcoólica. Não é a bebida alcoólica que a faz ser bebida e sim as nossas necessidades, desejos, carências, frustações, decepções, prazer etc., que se satisfazem ou se amenizam através delas. Nesse sentido, somos os criadores e gestores dos nossos vícios a ela e não o contrário. Logo, “não” somos viciados por ela e sim nos viciamos com ela, já que é o nosso psicológico e não o nosso corpo e nem a bebida que criam e gerenciam os nossos vícios.

Transferir para o corpo ou para a bebida a responsabilidade pelos nossos vícios é como navegar num rio seco, remaremos, remaremos e não sairemos do lugar.

Por serem psicológicos e subjetivos, cada pessoa tem o seu vício estruturado na “sua história psicológica”. Logo, como é importante estar atento aos vícios das pessoas, já que seguem caminhos diferentes de indivíduo para indivíduo. Daí, vícios iguais, como a bebidas alcoólicas, drogas etc., terem as suas origens em realidades psicológicas diferentes.

Se fosse o corpo ou a bebida não teríamos essa diversidade de realidades psicológicas.

Também, é importante ressaltar, que nem todos os vícios estão amarrados aos conflitos psicológicos. Há outros, que estão entrelaçados ao prazer.

Os vícios, de certa maneira, trazem inerente a si, gratificações psicológicas, já que dão as pessoas o que estão à procura, seja um prazer ou um alívio momentâneo das suas angústias, decepções, frustrações ou aflições.

Como é a consciência de cada pessoa que percebe as suas carências e sai em busca de algo que a amenize, nada no vício é inconsciente. Nesse sentido, podemos afirmar que o vício é uma construção psicológica, lógica e consciente que condiciona e vicia a mente.

Nesse sentido, podemos afirmar que, a razão, tendo como elementos instigadores certas necessidades ou carências psicológicas, construirá lógicas psicológicas que darão forma e sustentabilidades aos vícios constituídos por ela, permitindo-a justificá-los, dificultando-a se libertar desses vícios.

O nosso envolvimento com os nossos vícios, por exemplo, com a droga, a sua forma e intensidade, dependerá da lógica psicológica construída por cada um de nós, a respeito de certas necessidades e carências psicológicas e não de carências ou necessidades físicas produzidas por elas.

Nesse olhar, o seu entendimento, nos instiga a identificação e compreensão do elemento instigador, estruturador da lógica psicológica que lhe deu vida e não do combate à droga viciante. A droga é uma “consequência” do mundo psicológico.

A afirmação de que a pessoa se vicia devido a fatores corporais ou devido a própria droga ou influenciado por terceiros, não corresponde a verdadeira realidade dos fatos. 

Psicólogos! Parem de trocar psicológico por emocional e de confundir sentimento com emoção e de dar ao corpo funções psicológicas que não possui. Emoção, corpo não pensam, não motivam e nem orientam, não determinam qualquer ação psicológica, apenas as expressam.

Interessante: Já que o vício é consciente, lógico e psicológico, por que mesmo conhecendo a causa dos seus vícios, as pessoas, simplesmente, não param?

Você sabe por quê?

Para o AGV, embora a pessoa tenha consciência do seu envolvimento com o vício, não significa que irá mudar. É preciso mais, do seu querer, do seu acreditar e do seu agir.

Para aprofundar no conhecimento, leia o ebook do Autogerenciamento Vivencial editado pela simplíssimo.com.br.

Simplíssimo <ebooks@simplissimo.com.br

Notas:

Psicólogos! Não assumam o discurso da Organização Mundial da Saúde (OMS), porque ela não tem um olhar multidisciplinar sobre saúde.  Ela foi constituída com uma visão médica de saúde e não de uma equipe multidisciplinar, basta observar o seu emblema. O livro CIDX é a personificação desse autoritarismo.

A Psicologia não precisa do aval da OMS e nem da Medicina para se fazer presente na saúde das pessoas. Ela é capaz de por si só se fazer presente.

Precisamos assumir a nossa identidade“.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.