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Autogerenciamento Vivencial

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27 de agosto DIA DO PSICÓLOGO

27 de agosto DIA DO PSICÓLOGO

27 de agosto de 2022 Off Por Claudio Lima

Não devemos viver presos aos conhecimentos do passado e nem viver a ilusão da sua eternidade. Temos que ter a mente aberta a novos conhecimentos, novos desafios mesmo que eles nos exijam abandonar alguns dos conhecimentos já cristalizados dentro de nós, nos colocando na posição de “aprendiz’.

Se assim não o fizermos, acabaremos nos tornando “papagaio de pirata”, só repetindo o que aprendemos, sem ter qualquer reflexão “atual” sobre o que já aprendemos.

Sem um olhar atual sobre as pessoas e suas necessidades, sobre a sociedade, a Psicologia, que se caracteriza por ser uma ciência da mente humana, que estuda o mundo psicológico das pessoas e seus pensamentos, atitudes e comportamentos e seu envolvimento social dentro do contexto atual. Vista assim, é natural e necessário o surgimento de novos conceitos e métodos terapêuticos para se manter atualizada.

Devemos, nós psicólogos, renunciar à ideia de eternidade para os conceitos, teoria e procedimentos terapêuticos, permitindo que novos conhecimentos surjam, à medida que a sociedade e as pessoas mudam.

Logo, em termos psicológicos, nada é eterno, se não, não haveria terapia, a reformulação do nosso modo de viver, pensar, agir…

Não devemos “cavar trincheiras” e guerrearmos contra os novos conhecimentos, porque nos fragilizam e nos obrigam a aprender de novo, já que retiram de nós a sabedoria e nos colocam na posição de aprendiz, nos obrigando a abandonar o que era tido como verdadeiro, tornando sem efeito os nossos estudos e títulos adquiridos durante anos. A Psicologia não é uma ciência exata, logo, seus conceitos não são “eternos“.

Aproveitando esse momento, 27 de agosto, dia do Psicólogo, onde a reflexão sobre a Psicologia se faz presente e necessária, o utilizarei para expor a visão do Autogerenciamento Vivencial (AGV) sobre o mundo psicológico, por meio de alguns questionamentos.

Antes de começar, para o Autogerenciamento Vivencial (AGV), a mente humana tem a capacidade de construir e reconstruir e gerenciar as suas realidades psicológicas de forma consciente, lógica e adequada a cada situação, por si mesma, orientada por nossos desejos e escolhas.

Vamos lá!

Afinal a Psicologia aborda distúrbio “emocionais” ou “psicológicos”? Consciente ou inconsciente? Presente ou passado? Em qual deles devemos estruturar os nossos conhecimentos psicológicos?

Guiado por um olhar que prioriza o presente e suas vivências e suas lógicas, o AGV apresenta uma nova compreensão sobre o nosso mundo psicológico e suas interações.

Traz como inovação, no seu arcabouço teórico, a troca do eixo “racional/emocional” pelo “mundo da lógica”, “do cognitivo/vivencial”, o que o possibilitou desenvolver novos entendimentos sobre o universo psicológico.

Nesse novo entendimento, o nosso psicológico é lógico, impermanente, consciente e focado no presente, sendo, para ele, o único caminho para se chegar à autoconsciência e autorreflexão, ao autoconhecimento.

Logo, o emocional é visto apenas com a função de expressar para o “mundo exterior”, através das nossas atitudes, o que estamos sentindo em relação a determinadas vivências estruturadas por lógicas psicológicas, que dão vida a pensamentos que nos guiam em termos de atitudes, pensamentos e comportamentos.

Nesse olhar, o emocional terá apenas a função de expressar para o mundo exterior, os sentimentos despertados em nós por esse ou aquele acontecimento ao ser estruturado por nós, através de lógicas psicológicas. Em razão disso, não produzirá qualquer ação e muito menos determinará as nossas atitudes, comportamentos e pensamentos. A afirmação de que as pessoas reagem emocionalmente, no entendimento do AGV, não condiz com a verdade. 

Sendo assim, o entendimento sobre a emoção precisará ser revisto.

Nesse caso, deverá ser entendida apenas como uma das formas utilizadas por nós, para expressarmos para o mundo exterior, o sentimento despertado pela interpretação dada a determinado acontecimento. Tornar público, uma parte do processo de sentir, para que as pessoas percebem em nós, os sentimentos que estamos vivenciando.

Temos também a expressão corporal e assim por diante.

Em relação ao passado. Viver atrelado a ele com esperança de dias melhores, é pura tolice. O passado é uma etapa da vida já vivida e não há como modificá-lo, já produziu o que tinha que produzir quando era presente. Já realizou o seu propósito quando foi presente.

Agora, faz parte da memória, das lembranças, então, o porquê ficar revivendo-o e nos machucando, a cada dia, com o que já nos machucou. Para o AGV, não é com auxílio dele que iremos solucionar os nossos conflitos psicológicos.

É importante não esquecer que para o passado continuar vivo em nós, é preciso que o vivamos continuamente no nosso presente. Sem o nosso presente, o passado não sobrevive. Se o presente deixar de lhe dar vida, deixará de nos incomodar nos presentes futuros. Percebeu! Ao não pensarmos nele ou tirarmos a sua importância, será um pensamento morto, sem vida, sem consequência em nosso presente.

É importante destacar, que os nossos viveres presentes, ao serem guiados pelas nossas experiências passadas, estarão sempre vulneráveis a esse passado, podendo, em alguns momentos, as nossas vivências atuais serem colocadas de lado. Afinal, de que valeria a natureza livre da nossa mente, o nosso livre arbítrio, o desenvolvimento da nossa maturidade psicológica e os conhecimentos adquiridos, se não pudermos gerenciar as nossas atitudes, comportamentos e pensamentos de forma diferente, lógica e consciente nos nossos presentes.

Também, é importante nunca esquecer, que é no presente onde tudo acontece, tanto em termo cognitivo como vivencial e sobretudo, onde as mudanças se tornam possíveis. O nosso grande desafio psicológico é gerenciar esse presente de forma consciente, adequado a cada vivência.

Felizmente ou infelizmente as nossas percepções e interpretações psicológicas podem ser mudadas para melhor ou pior. Nesse caso, o grande perigo vivencial, é que devido ao nosso livre arbítrio, a nossa liberdade de escolha, poderemos nos aprisionar a determinadas realidades psicológicas passadas ou imaginadas, e usar o nosso presente para continuar revivendo-as até os nossos últimos dias de vida.

O AGV, também vê cada pessoa como possuidora “de uma única força, detentora de dois sentidos”: um construtivo; outro, destrutivo. As escolhas vivenciais do seu direcionamento, será dada por construções lógicas psicológicas e consciente e de acordo com o desejo, a compreensão de cada pessoa. Para o AGV, não existe confronto de forças positiva (+) negativa (-), do bem contra o mal; mas um conflito entre o sujeito e seus desejos e escolhas.

As pessoas se apoiam no que acreditam, para haver “autotransformação” é preciso que as suas mentes estejam à procura de algo.

Nesse caminhar na contramão das verdades estabelecidas, o AGV também apresenta alguns pontos a serem analisados:

  • Não podemos ignorar que a Psicologia é um desmembramento da Filosofia; não da área da Medicina. Trabalha com a arte do pensar, refletir, analisar, escolher, transformar, vivenciar etc., portanto não é paramédica. Ela tem como objeto de estudo o mundo psicológico, das interações e dos conflitos e suas lógicas e não o das “doenças psiquiátricas”. A Psicologia e a Medicina têm objetivos diferentes em termos de ciência e aplicabilidade: a primeira analisa os desequilíbrios e os transtornos vivenciais; a segunda trata das “doenças psiquiátricas”. Assim sendo, a Psicologia não existe, em termo profissional, subjugada à Medicina, tampouco pode ser vista como complemento de um “ato médico”. Ela é, sem dúvida alguma, um “ato psicológico”.  Com um olhar mais abrangente, um “ato de saúde”.
  • A Psicologia busca compreender o que é expresso por cada um de nós, por meio das nossas atitudes, comportamentos, pensamentos e das nossas emoções, manifestadas no presente. Sendo assim, não há desconhecimento por nós dos elementos instigadores das nossas reações psicológicas. Embora, em alguns momentos, o elemento instigador que nos instiga seja do passado, a lógica dele que nos conduz não tem, em si, elementos inconscientes. Reviver ou não passa a ser uma questão de escolha. Portanto, a Psicologia não se detém no estudo do inconsciente, no culto ao desconhecido, na busca de culpados. Sendo assim, ou se é psicólogo ou se é psicanalista, não há maneira para conciliar as duas profissões: água e azeite não se misturam.
  • Veja que interessante!

 Antes dos acontecimentos se tornarem inconsciente, já os vivemos, logo, já foram percebidos, interpretados e se edificaram raciocínios psicológicos e suas logicas sobre eles. Já determinaram os seus efeitos psicológicos sobre nós.

  • Na verdade, não vivemos em função de traumas ou complexos. Vivemos sim em função de nossos ciclos de pensamentos e seus raciocínios psicológicos. Eles se iniciam quando os conteúdos são postos em prática, transformados em atos.
  • Para cada acontecimento, sempre haverá a possibilidade de opções diferentes (sofrer/não sofrer, ir/não ir etc.)
  • Logo, a Psicologia, não trata de doenças nem das respectivas curas, somente analisa os conflitos vivenciais, a fim de orientar quem os tem.  É importante, por isso, distinguir com a devida clareza, os casos que são decorrentes das escolhas vivenciais dos que se apresentam como “doenças psiquiátricas”. Por outras palavras, definir, de modo a não haver dúvidas, os que são doenças e os que são desequilíbrios psicológicos.  Para isso, é necessária a revisão do livro CID-10.  
  • A Psicologia trabalha com o eixo “presente/futuro” e não com o eixo “passado/futuro” e com a dinâmica vivencial e suas lógicas e não com o histórico das vivências. Portanto, não vê necessidade de ressignificar o passado, mas sim, orientar a pessoa no sentido de que perceba quão importante é a mudança do elemento instigador e sua interpretação para modificar a lógica que o conduz em relação a esse ou aquele elemento instigador e sua interpretação psicológica. Logo, a Psicologia não se detém em examinar a vida pretérita. Para ela, tal exame aumenta o elo entre o passado e o presente e faz com que as pessoas se sintam cada mais prisioneiras de suas memórias, dos seus passados.
  • É por meio da interpretação e sua lógica que damos significado aos acontecimentos que nos envolvem. Em razão disso, a interpretação pode ser uma ferramenta de Deus ou do Diabo. Não sejamos obcecados por “Interpretodologia”. Na verdade, a grande missão do psicólogo é fornecer elementos ao analisado para que o próprio perceba que o mal que o atormenta é proveniente da maneira como entende a sua vida e que, para modificá-lo, é preciso mudar o elemento instigador e/ou a sua interpretação sobre ele, para alterar a lógica que o conduz.
  • Como a Psicologia estuda o mundo vivencial presente, conhece a sua impermanência, a sua transitoriedade e que o improvável e o inesperado também fazem parte desse mundo, interferindo nas atitudes, comportamentos e pensamentos das pessoas e nas suas escolhas vivenciais. Sendo assim, não há como predizer, com exatidão, comportamentos futuros e muito menos que determinadas atitudes, comportamentos e pensamentos não mais voltarão. Para o AGV, os comportamentos expressados só espelham às lógicas cognitivo-vivenciais que nos motivam naquele momento. São vulneráveis aos momentos e aos nossos desejos naquele momento. Isso, impossibilita a aplicação do método experimental e da observação, com o intuito de encontrar neles padrões que os tornem previsíveis.  Sendo assim, a Psicologia jamais poderá ser cientificada nos moldes atuais.
  • Outro ponto interessante. A percepção que ocorre quando a pessoa toma consciência de sua problemática psicológica, não produz autotransformação. Ele, em si, não tem o poder para mudar ninguém.  Só transforma, se a pessoa estiver conectada à força do querer, do acreditar e do agir.  Sem a agregação desses três fatores, não há como alguém se autotransformar. Ter consciência sobre algo não significa mudança em relação a ele. Exemplo: Todo fumante tem consciência do mal que o cigarro produz. Por que não deixa de fumar? Toda pessoa é consciente da dor do seu sofrimento. Por que não muda? E assim vai…
  • Em termos de reflexão, diferencia reflexão cognitiva, da reflexão vivencial. “A reflexão cognitiva” pertence ao mundo conhecido, onde as respostas já estão prontas. Para conhecer a resposta para o que nos aflige, será por meio de estudo, pesquisa ou do método ensaio/erro. Já a reflexão vivencial utiliza o método de autoconsciência/autorreflexão para obter respostas para o que nos aflige. Lida com o mundo psicológico das pessoas, com o imprevisto, improvável, o desconhecido, a impermanência e a transitoriedade que o envolvem. O conhecimento que se busca é obtido por meio da vivência.  Ele é criativo e relativo a cada momento vivencial e a cada indivíduo.
  • O AGV, também diferencia “erro cognitivo” do “erro vivencial”, cada um, com as suas consequências psicológicas, como também, diferencia aprendizado cognitivo do vivencial.
  • Aprender não é só o mero cultivo da memória, inclui também saber lidar como mundo das vivências, das inconstâncias, do imprevisto, do inesperado, do provisório, do relativo, do desconhecido.
  • Enquanto outras terapias buscam, por meio da reestruturação da razão, controlar a emoção e assim gerenciar à nossa maneira de viver. O Autogerenciamento Vivencial (AGV) procura mudar as razões do nosso viver com o uso da razão, sem qualquer interferência do emocional. O poder que nos liberta da própria dor está em nós mesmos. Quando nos damos motivos e justificativas que não respeitam a nossa própria vida, nos tornamos “homicidas vivenciais”.
  • A terapia não tem em si o poder de mudar ninguém sem a participação dela. Apenas incentiva a perscrutação do mundo interior por ela, para que a sua vida possa ser vista de outros ângulos.
  • Cada mudança se sustenta num ato atual, isto é, numa decisão que se toma em dado momento, renovada a cada dia, fortalecida a cada amanhecer. Logo, é preciso entender o mundo psicológico, na sua subjetividade, na sua inconstância, na sua impermanência, na sua transitoriedade, na sua multiplicidade e plasticidade para, em seguida, compreender as expressões vivenciais nas suas diferentes formas, seja de pensamentos, de atitudes, comportamentos e de expressões emocionais e corporais. O renascer psicológico torna-se possível devido a esses entendimentos.
  • A nossa visão sobre a Psicologia só se ampliará, se caminharmos por caminhos diferentes ou desconhecidos ou na convivência com pessoas que pensam diferentes de nós.
  • E assim vai……….

Nota:

Caso as nossas vidas sejam gerenciadas pelo nosso emocional e não pelo psicológico, não seria mais adequado mudar o nome de Psicologia para Emocionologia e o de Psicólogo para Emocionólogo.

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Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.

CategoriaArtigos
TagsDia do Psicólogo
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O ATO DE JULGAR NA VISÃO DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

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