O SOFISMO PSICOLÓGICO E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL
19 de outubro de 2020Sofismo psicológico é um termo criado pelo Autogerenciamento Vivencial para aclarar determinada lógica construída e utilizada por nós, com o intuito de nos isentar de quaisquer responsabilidades devido a atitudes, comportamentos e pensamentos inadequados em relação a determinadas situações.
Importante destacar que essa Lógica varia de constância, gravidade, e de pessoa para pessoa e que cada pessoa tem consciência do que fez, embora negue por meio de justificativas.
Trata-se, portanto, de uma argumentação lógica, coerente, consciente, intencional e subjetiva, criada com o intuito de convencer aos outros e principalmente aos ultrajados a aceitarem as nossas atitudes inadequadas em relação a determinadas situações, sem reprovação e revolta e, ainda mais, que eles nos isentem de quaisquer responsabilidades, já que fomos envolvidos por circunstâncias que estavam além do nosso controle, do nosso desejo, da nossa responsabilidade e da nossa capacidade.
É importante destacar que para que isso aconteça é preciso que acreditemos, que somos capazes de convencer os outros com as nossas argumentações.
Na verdade, buscamos iludir o outro, com nossas justificativas, para nos evadirmos das responsabilidades e consequências, das nossas atitudes.
Como é sabido, a verdade psicológica é subjetiva e lógica, logo vulnerável a argumentação. Há pessoas que se utilizam de argumentos ardilosos, aparentemente corretos, para justificarem suas atitudes, comportamentos e pensamentos inadequados, visando tirar de si a responsabilidade sobre eles.
Argumentos esses, com aparência de correto, mas que são concebidos com o objetivo de produzirem a “ilusão da verdade”. Ou seja, embora simulem um acordo com as regras da lógica, apresentam na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa, com o propósito de conseguirem que todos os envolvidos, estejam de acordo com eles (argumentos).
São os “sofistas psicológicos” que buscam através dos seus argumentos convencer aos outros que, mesmo errando nas suas atitudes, comportamentos e pensamentos, não foram culpados pelos desacertos e que o outro tem que compreender os seus motivos, as suas verdades e aceitar o acontecido como correto, mesmo que tenha produzido algum mal. Não se veem como responsáveis pelos desrespeitos provocados e sim como vítimas da situação. Alguns chegam até a convencer a si mesmo. Interessante!
Um exemplo de sofisma psicológico muito difundido nos dias de hoje, é o argumento de que “o emocional” é responsável pelas nossas atitudes, por nossas ações corretas e incorretas. Tal axioma nos tem prejudicado no nosso processo de amadurecimento psicológico.
Outro ponto a ser esclarecido é que o “sofismo psicológico” não deve ser confundido com “raciocínio falso”, já que este se estrutura na falta de consciência de sua falsidade, devido a “ignorância” ou a uma “doença psiquiátrica”.
“Os sofistas psicológicos” trabalham com relações incorretas e propositalmente falsas, porém lógicas e consistentes, onde a verdadeira intenção pode ser identificada não na sua forma, mas na sua intenção, já que são elaboradas com uma argumentação aceitável e até inteligente.
Para refletir:
As pessoas fazem coisas quando confiam no que imaginam ser certo. Muito cuidado com isso!
É mais fácil nos convencermos que fomos enganados do que nos convencermos que enganamos o outro. Fique esperto!
Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.