SENTIMENTOS, SUA DINÂMICA NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL
15 de julho de 2021Com a valorização do eixo cognitivo/vivencial, o sentimento (ato de sentir) passou a ser visto como “uma força” que integra a nossa estrutura psicofisiológica, nasce com as pessoas e a sua expressão está sob o judice da nossa lógica cognitiva-vivencial ou psicológica. Esta lógica determina o que iremos sentir em relação a determinado acontecimento e o sentimento, por sua vez, a forma que iremos expressá-lo através da emoção, por meio do nosso corpo.
O que se deduz, que tal força predominantemente inata e afetiva, que existe por si mesma, precisa de estímulos internos e externos, ou melhor, de elementos instigadores e suas lógicas, para saber que sentimento sentir e que emoção “expressar “, em relação a esse ou aquele sentimento.
Já a emoção será entendida como um conjunto de respostas motoras que o cérebro expressa no corpo, em relação ao sentimento que o instiga.
A função da emoção é tornar pública, uma parte do processo de sentir, uma vez que as pessoas percebem em nós, o sentimento que estamos vivenciando.
Tal entendimento nos permite deduzir que: “as emoções ocorrem no corpo e os sentimentos ocorrem na mente.”
Em termo de dinâmica: o processo de sentir é subjetivo, consciente e lógico e se inicia com a percepção e interpretação psicológica do elemento instigador, dando origem a lógica cognitivo-vivencial ou psicológica e esta, por sua vez, orienta a força do sentir na escolha do sentimento que a pessoa irá vivenciar (medo, raiva…) e concomitante a maneira que irá expressá-lo, por meio da emoção, para o mundo exterior, como também, determina a sua intensidade, duração e forma de sentir.
Prestaram a atenção! Sem razão não há como escolher que sentimento vivenciar e por sua vez, que emoção expressar. “A razão antecede ao sentimento e a emoção”.
Por exemplo, uma lógica psicológica que tenha como elemento instigador uma situação de temor, “despertará” na pessoa sentimento de medo e como consequência, expressará uma emoção composta de expressões físicas e psicológicas de medo, tornando-se força do medo.
Prestaram a atenção! É o medo como elemento instigador presente na lógica e sua percepção e interpretação psicológica, que darão sentido à referida força, tornando-a força do medo.
A força do medo poderá seguir dois caminhos: um construtivo, que preserva a vida e a integridade psíquica; e outro destrutivo, que bloqueia a capacidade de autoconsciência/autorreflexão de analisarmos a situação, interferindo, assim, na qualidade da nossa percepção e interpretação psicológica, logo, no nosso modo de interagir com o que nos acontece, podendo gerar conflitos psicológicos com intensos sofrimentos. Síndrome do pânico é um exemplo.
É importante destacar que o medo não surge do nada, como algo estranho que nos domina. Ele faz parte da nossa natureza; é natural, como a ansiedade, a raiva etc. Não traz em si, nada que o torne ruim ou anormal e, sim, de acordo com a lógica que o constitui, poderá gerar ou não conflitos psicológicos.
É um processo que se caracteriza pela individualidade, envolvendo os nossos conhecimentos cognitivos e a nossa maturidade psicológica. Cada pessoa entenderá cada situação vivida, de acordo com a sua compreensão, advinda do seu raciocínio psicológico.
Logo, não há como negar a importância do gerenciamento das nossas lógicas psicológicas em relação aos nossos sentimentos e das suas expressões emocionais nas nossas vidas, já que determinam o nosso “estado psicológico”.
Notas:
- Sentimento e emoção não são sinônimos
- Para os emocionalistas, a emoção sobrepõe a razão, nesse caso, não há como existir a terapia. Sem reflexão não há transformação.
- Na verdade, os emocionalistas transforam o emocional, num “mecanismo de defesa” que é utilizado por nós, para justificarmos as nossas atitudes e comportamentos inadequados, tirando de nós a responsabilidade sobre os nossos atos.
- É a lembrança do acontecimento e do sentimento envolvido que desperta em nós a emoção determinada por ele, para essa ou aquela situação.
- Segundo o AGV, não existe memória emocional, razão emocional, inteligência emocional, conflito e trauma emocional, terapia emocional etc. Criaram esses conceitos para justificarem os seus conceitos emocionalistas, porém, não correspondem à realidade. Eles sabem que sem a razão a emoção não existe. A razão antecede e dá vida a emoção.
- Esses desmembramentos são subterfúgios criados por eles para dar cientificidade a sua teoria. Eles sabem que sem a razão não há como sustentar uma teoria, um conceito etc. Porém, ao criarem a razão emocional, se contradizem ao falar que a emoção sobrepõe a razão. Ou a razão emocional é diferente da razão (faculdade de raciocinar, apreender, compreender, ponderar, julgar) (raciocínio que conduz à indução ou dedução de algo.)?
- O nosso mundo mental é psicológico e não emocional.
- Que tal, nós Psicólogos criarmos: razão psicológica, memória psicológica, inteligência psicológica etc.
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Simplíssimo <ebooks@simplissimo.com.br
Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.