A FORÇA DO MEDO

A FORÇA DO MEDO

25 de abril de 2022 Off Por Claudio Lima

A força do medo, entendida como uma força interna, instintiva e natural, que pode ser gerenciada, “tanto no seu sentido e intensidade como nas suas consequências, por nós. Ufa!

Por ser uma força, está sempre à espera de um motivo, de um elemento instigador e sua lógica para se materializar em nosso mundo psicológico.

De acordo como interpretamos os elementos instigadores que nos instigam, se materializa em medo disso ou daquilo.

Perceberam! Os significados construídos por nós, determinam “o sentido, a direção e as consequências dos medos sobre nós”. Geram os medos que iremos viver e sua intensidade.

Nesse olhar, poderemos ter medo ligado a autoproteção e a sobrevivência ou a algo que nos descontrola psicologicamente, sejam reais ou imaginados.

Logo, não devemos acreditar que é o nosso mundo exterior “o causador” dos nossos medos. Ele apenas nos fornece os motivos, que daremos vidas psicológicas, dentro de nós. Os medos e os seus significados são nós que os criamos por meio das lógicas dos nossos pensamentos. Se não for assim, como iremos gerenciá-los. Como a terapia irá funcionar.

Para que a força do medo se “manifeste”, como já foi dito, precisa existir motivos, elementos instigadores, sejam eles reais ou criados pela nossa imaginação.

Em termos de intensidade e o seu tempo de duração e as suas consequências, dependem do conteúdo dos significados que arquitetamos para ela.

Esses significados, por sua vez, estão indexados as nossas percepções e interpretações psicológicas como ao raciocínio psicológico e sua lógica advindos delas e a nossa saúde psicológica e mental.

Em termos psicológicos, exceções feitas as doenças mentais, podem ser mudados por nós mesmos. Que bom!

Visto assim, a força do medo, devido ao seu direcionamento, pode se transformar num medo que nos protege, que nos motiva a reagir ou numa força que nos paralisa, que nos adoece.

Não há como não perceber, que somos nós que nos aprisionamos aos medos que criamos, posto que, sem seus significados, não existiriam para nós.

Logo, a força do medo, quando mal gerenciada, criam medos, que exaurem a nossa energia vital, entre eles estão: o medo de viver, de perder, de sofrer, de amar, de errar, de ser criticado, de enfrentar os nossos conflitos e desafios, de nos revelar para o mundo etc.

Dois aspectos em relação a força do medo, serão destacados:

Quando ligada à autopreservação e à sobrevivência. Nesse caso, o medo resultante, nos impulsiona positivamente, nos faz agir, nos protege de algo nocivo. Age como mecanismo de autodefesa.

Por outro lado, quando ligada à imaginação, o medo produz em nós, estados psicológicos desagradáveis, apreensivos, de apatia etc. suscitado pela criação, suspeita ou previsão de perigos. Viveremos sob a tensão de que algo acontecerá a nós ou as pessoas que nos envolvem. É um perigo notado somente por quem o imagina. Supõe-se um perigo e, em seguida, se busca uma solução, um controle, um agir, antes que tal mal venha a acontecer ou simplesmente se coloca num estado de apatia, onde o sofrimento é visto como a causa.

 Outro ponto que iremos analisar é a “preocupação” gerenciada pela força do medo, sob dois aspectos:

 “Subjetivamente”: a pessoa cria uma situação imaginária de perigo e com medo de que ela aconteça, foge dela. Aí surgem, por exemplo, as fobias, a síndrome do pânico etc.

 “Culturalmente”: há pessoas que pensam que a preocupação é uma manifestação de amor a si e ao outro. Assim, começam a imaginar os perigos que podem acontecer consigo e com o outro. Passa, então, a controlar a sua e a vida do outro, com o intuito de que tudo fique bem. Mas, o que se observa na verdade, é que deseja a tranquilidade para si mesma, através desse autocontrole. É o caso da mãe que proíbe o filho de ir, por exemplo, a uma festa, porque tem medo de que algo ruim aconteça a ele. Fica bom para quem? Quanto amor! Sacou?!

Afinal, o que é “pré-ocupação”? Ocupar a mente antes. São hipóteses, possibilidades, produtos da imaginação. Antes de algo acontecer já é tido como acontecido. Uma mera possibilidade já é vista como um perigo real. É o fato construído sob o jugo da imaginação. Uma realidade criada por meio de elementos instigadores imaginários, resultando em lógicas inadequadas, porém reais para quem as imaginas, com consequências psicológicas ruins.

Em termos psicológicos e não emocional e nem inconsciente, criamos através da nossa racionalidade, um uso irracional para ela, ou seja, inadequado, e, com isso, nos tornamos submissos ao que imaginamos. Ou seja, já não comprovamos se o que racionalizamos é verdadeiro ou falso. Desse modo, além de perdermos o senso de realidade, pois já não distinguimos o real do ilusório, nos tornamos, com o decorrer do tempo, excessivamente vulneráveis as suas criações, nos aprisionando aos seus ditames.

Por medo de ter medo, nos submetemos ao medo. E dizemos a nós mesmos: “Eu me proíbo de fazer, eu me proíbo de ser”, e assim por diante. Tudo isso é feito para não sermos punidos pelo que imaginamos, ignorando que já estamos nos punindo com tais atitudes.

Não percebemos ou não queremos perceber, que ao nos colocarmos num estado de apatia, de aprisionamento, já estamos nos punindo e sofrendo. Nos tornando serviçais das hipóteses, das probabilidades, enfim, da imaginação.

Devemos estar atento aos medos ilusórios, aqueles que criamos com as nossas imaginações.

 Atenção! Não se refere aos casos de doenças mentais.

Cuidado! A imaginação é uma força, que pode interferir na nossa maneira de pensar, ser e agir. Por isso é importante avaliar cada vivência de maneira consciente e reflexiva. Parar de imaginar situações que nos afastam da realidade e que interferem no nosso bem-estar.

Não vivamos mais em função das nossas “sombras psicológicas”.

Para refletir: Viver imaginando o pior é deixar de usufruir o melhor que a vida pode nos oferecer.

Caso queriam aprofundar no assunto, leiam os artigos já publicados e o ebook do Autogerenciamento Vivencial editado pela simplíssimo.com.br.

Simplíssimo <ebooks@simplissimo.com.br

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.

Você sabia?

Que o mundo psicológico sofre alterações por meio dos nossos pensamentos.

Que os pensamentos, por sua vez, sofrem alterações por outros pensamentos, por doenças ou por ingestão de substâncias químicas.