EXPERIÊNCIAS, SUAS DIFERENÇAS E DINÃMICA NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL
6 de dezembro de 2022A experiência é vista como um encontro, uma relação com algo que se experimenta, que se prova, que se vive etc.
Em termo psicológico é o contato direto com certas vivências, com certos conteúdos etc., onde cada pessoa é quem irá idealizar a sua importância para si, já que são indissociáveis da pessoa que as tem.
Somente o sujeito da experiência é quem sabe como usá-las em seu benefício para o bem ou mal.
Vamos lá!
O Autogerenciamento Vivencial (AGV) considera a experiência, tal qual uma moeda, composta de duas faces: uma designada de cognitiva e a outra vivencial.
A experiência cognitiva é fruto de conteúdo formal, sistemático, de natureza empírica, que nos é ensinado ou repassado através do estudo ou de leituras, logo, não depende das nossas experiências pessoais para existir. É um conhecimento pronto, já elaborado, que existe fora de nós.
É aprendido e repassado de forma igual para todos, buscando homogeneizar atitudes, comportamentos e pensamentos das pessoas. Exemplo: aprendizado das funções matemáticas, das regras sociais, etc.
Em termos psicológicos, a sua “utilização” depende do “livre arbítrio” de cada pessoa. Poderá concordar ou não, utilizar ou não etc.
As experiências cognitivas dão origem as nossas “lógicas cognitivas”.
Outro ponto a ser analisado é que já está inserido no seu bojo, “um juízo de valor”.
Nesse caso, o saber cognitivosão verdades que já existem fora das pessoas e que não dependem das suas experiências, do seu livre arbítrio para “existir”.
Ele é o resultado de uma acumulação progressiva de verdades já elaboradas, objetivas e científicas aprendidas por nós, a partir das quais, podemos conhecer os fatos e dominá-los sem os ter vividos.
Por meio dele, podemos planejar, prever, antecipar, lidar etc. com fatos acontecidos, acontecendo e a acontecer.
Já a nossa experiência vivencial se estrutura nas nossas vivências psicológicas com algo já vivido ou desconhecido. Trata-se de algo dependente das nossas percepções e interpretações, ou seja, é a maneira como vamos percebendo PSICOLÓGICAMENTE ao que vai nos acontecendo ao longo da vida.
O seu conteúdo produz um saber particular, subjetivo e relativo. Um saber ligado não ao que nos acontecem e sim ao modo como os percebemos e os interpretamos, o que nos acontece.
O nosso saber vivencial é fruto dos nossos entendimentos ao que nos acontecem, por isso, são indissociáveis das nossas individualidades. Somos os responsáveis pela sua construção, seus valores e suas importâncias.
Ou seja, somos nós que elaboramos significados e importâncias aos nossos conteúdos vivenciais ou psicológicos. É por meio deles que construímos as nossas lógicas vivenciais ou psicológicas.
É quem vive a experiência, seja levado por suas necessidades, desejos, conflitos frustrações, sonhos, experiências etc. que estrutura o seu saber vivencial.
Em razão disso, é um saber elaborado no íntimo, na individualidade de cada pessoa, por isso não há como o separar dela.
É ele que nos torna diferente uns dos outros. Embora alguns acontecimentos sejam comuns a todos, mas a percepção e interpretação que temos deles e a maneira de reagir a eles é singular e única.
O saber vivencial, por ser um saber psicológico é imprevisível e impermanente, ou seja, mutável, dependente da maneira como iremos perceber, interpretar, reagir e sentir o mundo que nos envolve e a nós mesmos. Em razão disso, não será exatamente igual em todos nós e nem em nós mesmos, a todo momento.
É por meio do elemento instigador arquitetado ou não por nós e das nossas percepções e interpretações psicológica e do nosso saber cognitivo é que iremos determinar o que será construído, em termos cognitivos/ vivencial ou psicológico. Somos os responsáveis pelas suas consequências em nós. Nada de emocional ou inconsciente.
É importante, nesse processo de construção do nosso mundo cognitivo/vivencial ou psicológico e suas lógicas cognitivo/vivenciais ou psicológica, estarmos atentos as particularidades de cada conhecimento cognitivo e vivencial e suas lógicas, posto que, somos resultado do entrelaçamento dos dois.
Ou seja, ao serem combinados além de daremorigem as nossas lógicas cognitivo/vivenciais ou psicológicas, irão dar forma a nossa maneira de agir, de comportar e pensar, em relação aos fatos acontecidos, acontecendo e a acontecer.
Enfim!
Não podemos ignorar, que termos psicológico, somos o resultado dessa alquimia, desse conluio entre esses conhecimentos e suas lógicas já que, é por meio deles que estruturamos, damos vida ao nosso mundo psicológico.
Outro ponto importante, que precisa ser ressaltado, é que a nossa maturidade psicológica é fundamental na qualidade desse processo como o todo.
Infelizmente os conflitos, os traumas, as doenças psiquiátricas etc., dão as suas contribuições de forma negativa.
Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.