A DINÂMICA DA FORÇA DA VIDA NA GESTÃO DOS CONFLITOS PSICOLÓGICOS NO OLHAR DO AGV

A DINÂMICA DA FORÇA DA VIDA NA GESTÃO DOS CONFLITOS PSICOLÓGICOS NO OLHAR DO AGV

18 de maio de 2021 Off Por Claudio Lima

Na vida, o importante não é só o desenvolvimento cognitivo, a aquisição de conhecimentos, o aperfeiçoamento de capacidades, a vivência de experiências, mas também a compreensão da dinâmica da nossa força na hora de compreendermos o nosso envolvimento nos nossos conflitos psicológicos.

Como possuímos livre arbítrio sobre ela, somos capazes de gerenciá-la do jeito que quisermos: podemos limitá-la, compartilhá-la ou enfraquecê-la.

Utilizando a Física, traçarei o mais objetivamente possível um paralelo entre o conceito de entropia e neguentropia em relação à dinâmica da força de cada pessoa na gestão dos seus conflitos psicológicos.

Entropia é um conceito da termodinâmica que mede a desordem de um sistema. Quanto mais desorganizado um sistema maior será a entropia.

Imagine um sistema fechado, onde não existe a possibilidade de troca de energia com outros sistemas, haverá nele uma desordem cada vez maior, que no final o deteriorará.

No contexto das vivências, o conceito de entropia tira de cada pessoa o direito de ser diferente, a ter novas percepções da vida, levando-a ao adoecimento, por não lhe permitir a realização de novas escolhas vivenciais.

 Á medida que somos consumidos por tais estados psíquicos, aumentaremos dentro de nós a força desagregadora por eles produzida, que, por sua vez, além de expandir a desordem psíquica, fomentará novos desequilíbrios.

Veja como é importante essa concepção em nossas vidas. O modo como utilizamos nossa força, quando estamos envolvidos em um trauma, um conflito, uma frustração ou uma decepção, determinará ou não o nosso desequilíbrio psicológico.

Em suma, quanto mais tempo ficarmos presos àquilo que nos faz sofrer, mais desordens serão produzidas em nosso interior, o que aumentará a nossa entropia vivencial. Ou seja, ao invés de superarmos o obstáculo que nos oprime, nos submeteremos ainda mais a ele. No início, ele será como fagulha, depois labaredas e logo a seguir grande chama que nos envolverá com tanta intensidade, que nos impossibilitará de encontrar um ponto de equilíbrio dentro de nós. Logo, quanto mais breve for a nossa relação com um acontecimento desagregador, maior será a possibilidade de reconquistarmos o nosso equilíbrio mental.

Viver num sistema fechado nos impossibilitará o descobrimento de novas alternativas, e isso nos impedirá de organizar e gerenciar nossas forças de modo que elas nos tragam benefícios.

Exemplo:

Num sistema fechado do tipo panela de pressão sem a válvula, a pressão, em sua busca de equilíbrio, deformará a panela. Em outras palavras, ao se tornar prisioneira dos problemas vivenciais, a pessoa vai gerenciar a vida em função desses problemas e, certamente, terá grande dificuldade em superá-los. Em alguns casos, poderá até adoecer.

Já o conceito neguentropia apregoa que para diminuir a tensão preciso haver troca com outros sistemas, só assim é possível alcançar o equilíbrio, sem haver deformação.

A neguentropia, num sentido figurado, será o caminho que devemos usar para manter o equilíbrio psicológico, sem antes, adoecer. Ela permitirá o encontro de soluções diferentes para os conflitos vivenciais que nos afligem. Permitirá a construção de uma nova ordem, uma nova percepção, um novo raciocínio psicológico na maneira de entendê-los. Isso, por sua vez, nos livrará de um mal maior.

Na neguentropia vivencial, o processo de autoconsciência/ autorreflexão é de suma importância para escolha e realização de um novo caminho para a vida.

Exemplo:

Imagine agora uma panela de pressão com a válvula. As condições são outras. Além da pressão não alcançar seu valor máximo, permitirá a ela um ponto de equilíbrio que impedirá sua deformação.

Assim também acontece com as pessoas, em termos psicológicos. Ao se tornarem gestoras de si mesmas, poderão dar outra direção as suas vidas, antes que sejam deformadas pelos conflitos vivenciais.

É imprescindível gerenciar as nossas escolhas vivenciais de modo que elas não criem elementos instigadores de lógicas que nos encarcerem no conflito vivencial. Não há como diluir tensão, se aumentarmos a desordem dentro de nós.

Para refletir:

Perceber corretamente o modo como será a nossa interação com o mundo psicológico é um ato de extrema responsabilidade.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.

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