AUTOAFIRMAÇÃO E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL
2 de setembro de 2024Embora haja aspecto positivo, quanto negativo nas nossas mentes. Tanto os aspectos positivos como os negativos surgem da nossa compreensão da realidade e do apego habitual ao modo pelo qual percebemos os fatos, logo, somos os elementos ativos na elaboração das nossas autopercepções.
É de nossa responsabilidade, a elaboração das nossas compreensões sobre nós e na confrontação delas, com as nossas realidades e com outras verdades e realidades.
Em razão disso, sabermos identificar e lidar com conceitos errados sobe nós, são essenciais no nosso processo de autoafirmação.
Conhecermos a nós mesmos, tem um poder determinante na qualidade das nossas autoavaliações que, por sua vez, refletem no nosso olhar sobre nós mesmos.
Lidarmos com os conceitos errôneos sobre nós e sobre os momentos que eles nos envolvem, são fundamentais no nosso processo de autoafirmação, já que dão significados e valores ao nosso olhar interior. Interferem nas nossas autoavaliações.
Em razão disso, ter durante ao processo de autoafirmação uma postura positiva em relação a nós mesmos, passa a ser fundamental.
Tal ação, nos permitirá desenvolver uma autoimagem positiva e realista, ou seja, lidaremos com nossas dúvidas, inseguranças, sonhos, desejos, medo etc., sem que danifiquem a nossa autoestima, autoconfiança e autoaceitação, dando qualidade ao nosso processo de autoafirmação.
Fica claro, que a busca da autoafirmação é um processo psicológico que faz parte do nosso mundo psico/vivencial. Ele interfere nas nossas atitudes, comportamentos e na qualidade dos nossos pensamentos.
Porém, é motivo de preocupação, quando pessoas, na idade adulta, ainda sentem, de maneira imperiosa, necessidade de autoafirmação e a buscam através de aprovações e avaliações alheias ou através de subterfúgios que visam esconder as suas limitações ou dificuldades vivenciais ou psicológica.
Tais atitudes acabam embotando a capacidade de olhar para si, obrigando-as, em algumas situações, a seguirem as escolhas dos outros ou a usarem máscaras para não revelarem a sua verdadeira personalidade, passando a precisar delas para agir e validar as suas ações, retirando de si, o direito de auto afirmarem através de si mesmas.
Por mais que tenhamos dificuldades em nos aceitarmos do jeito que somos, nada justifica o autoabandono e o uso de máscara para esconder as nossas limitações ou diferenças.
Não se iluda, não é através de atitudes defensivas, algumas agressivas que iremos camuflar ou superar as nossas fragilidades.
Para sermos autoafirmativoé necessário, antes de tudo, respeitarmos a nós mesmo, ter autoamor, para aí sim, analisarmos com sabedoria as consequências dos nossos atos.
Com esse entendimento, a nossa maneira de agir muda. Não teremos que lutar contra nós mesmos, para conseguirmos a autoafirmação, mas sim, contra os comportamentos, pensamentos, atitudes, sentimentos que nos prejudicam.
Apesar dos pesares, a vida seguirá o seu caminho, estando ao seu lado ou não. A pior coisa que pode acontecer ao ser humano é quando abandona ou ignora a si mesmo. Ninguém constrói nada com a destruição de si próprio. A sabedoria vive em nossas ações. Racionalizar um problema vivencial não significa que foi transformado e sim que foi explicado racionalmente.
Como é importante acreditar na nossa “autogestão” sobre o nosso mundo psicológico e na nossa capacidade de adaptar a novas exigências vivenciais, na nossa “plasticidade vivencial”.
Enfim, se fizemos uso de algo ou do outro para conseguirmos a nossa autoafirmação, teremos outra coisa, menos o que desejamos.
Cuidado!!! A construção da autoimagem é de nossa inteira responsabilidade. A maneira como nos vemos, depende do tipo de conhecimento que temos de nós mesmos.
Cuidado com os argumentos: eu sou assim, quem quiser, que me aceite assim etc.
Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.