AUTOPERCEPÇÃO
13 de junho de 2019O modo de ser está dentro de cada um de nós, porque procede das nossas percepções e interpretações que fazemos durante a vida. Mas parece que muitas pessoas não se deram conta disso. O que mais se tem notado é que elas estão ficando cada vez mais “irresponsáveis” em relação a si próprias.
Agem de forma automática, ignoram os efeitos das suas percepções na construção das suas atitudes, comportamentos e pensamentos. Não percebem que, em cada decisão tomada, em cada comportamento assumido, há “consequências” que produzirão certos “custos” vivenciais.
Nesse caso, é de extrema importância “prestar toda atenção sobre a natureza das nossas percepções”, já que são elas que darão sentido as nossas interpretações que, por sua vez, instigarão a mente na estruturação das lógicas psicológicas que nos conduzirão nessa caminhada pela vida.
Por exemplo: Uma percepção inadequada sobre um acontecimento, nos prenderá a uma situação de conflito, portanto, é essencial estar atento às consequências das percepções feitas. Só assim, evitaremos ser envolvidos psicologicamente por percepções inadequadas.
Como é valioso ter “consciência” do alcance daquilo que nos conduz, na hora de elaborarmos as nossas percepções. Só assim, evitaremos percepções inadequadas, daí a importância do autogerenciamento das nossas percepções.
As nossas percepções, sob o olhar da lógica e da consciência, se entregarão ao nosso comando. Só assim, teremos condições de evitar, perceber ou corrigir as dificuldades que, porventura, estejamos vivendo ou a viver.
Exemplo: Se o sofrimento for o elemento instigador das nossas percepções, enquanto a pessoa não o trocar por outro que desperte nela outras percepções como de alegria, não terá condições de superar esse sofrimento.
Caso não faça a troca, se prenderá de tal forma a esse sofrimento que será incapaz de vislumbrar outra forma de viver. Sem dúvida, será um obstáculo na análise e entendimento da realidade em que se encontra.
O grande perigo é que a qualidade da nossa percepção depende da nossa maturidade e saúde psicológica e de novos conhecimentos. Sem eles não haverá como evoluirmos cognitivamente e vivencialmente.
Também é importante destacar que cada pessoa no seu processo de percepção terá como ponto de referência as seguintes opções:
O mundo da imaginação: Esse mundo nos dá uma variedade enorme de percepções, só que irreais. Com elas poderemos formular qualquer explicação ou justificativa para o que está acontecendo conosco. Porém, ao fugirmos do mundo real, pagaremos alto preço, pois viveremos em função do que imaginamos e das suas consequências.
Mundo externo: Ao ficarmos à procura de culpados pelo nosso desequilíbrio psicológico, fatalmente seremos envolvidos por um estado de estagnação mental e esse, por sua vez, nos impedirá de agir de forma consciente na solução dos nossos conflitos.
Cuidado! Ao considerarmos terceiros ou Deus como responsáveis por tudo que nos acontece de ruim, estaremos, na realidade, justificando a falta de responsabilidade conosco. E o que é pior, agregaremos às nossas atitudes um alto custo vivencial.
Experiência passada: Quando temos como referência vivencial uma experiência ruim, ficaremos prisioneiros dessa percepção, o que nos impedirá de encontrar soluções adequadas para esse conflito. O custo vivencial será alto, porque perderemos a perspectiva de uma vida melhor.
Experiência atual: No mundo presente, onde tudo acontece, precisaremos, primeiramente, vivenciar a situação, para aí sim, sabermos se a percebemos corretamente e a decisão tomada foi a correta ou não.
Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.