DESEQUILÍBRIO PSICOLÓGICO E A SUA TRANSITORIEDADE NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

DESEQUILÍBRIO PSICOLÓGICO E A SUA TRANSITORIEDADE NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

8 de outubro de 2020 Off Por Claudio Lima

Continuando na temática do Desequilíbrio Psicológico, outro ponto importante a ser abordado é a sua transitoriedade.

Segundo definição no dicionário, transitoriedade é uma característica, estado ou particularidade do que é momentâneo, temporário ou transitório. Assim, seguindo esse contexto, a transitoriedade psicológica do desequilíbrio pode ser entendida como a “flexibilidade” que o desequilíbrio possui de nos permitir mudar a nossa percepção e interpretação psicológica, dada em determinado momento, por outra, sem precisar refazer a anterior ou alterar o fato causador.

A transitoriedade do conflito é possível devido a três conceitos importantes para o Autogerenciamento Vivencial: o conceito de impermanência psicológica, de multiplicidade psicológica e plasticidade vivencial. Sem eles não haveria essa possibilidade.

O que a transitoriedade nos permite: olhar o acontecido com outra perspectiva e isso, sem dúvida, nos consente avaliar a nossa condição psicológica com mais perspicácia, nos possibilitando fazer uma releitura sobre os nossos desequilíbrios psicológicos com mais consciência. Nos permiti, analisar e trocar as nossas percepções e interpretações, o nosso entendimento, dado em determinado momento, por outros, sem precisar ressignificar o anterior. Não há como apagar o que já aconteceu. Como já foi dito, não podemos mudar o que já foi vivido, mas a maneira de entender e viver cada dia pode sim, ser alterada, já  que são as escolhas feitas no presente que transformam as nossas vidas, nos oferecendo a oportunidade de viver o tempo presente diferente do anterior.

Logo é possível mudar o nosso “entendimento” sobre determinado acontecimento, mudando o elemento instigador e/ou as suas interpretações, dando vida a novos entendimentos, só assim, será possível, criarmos outras lógicas cognitivo-vivenciais ou psicológicas, sem precisar reesignificar, deletar ou ater-se a já existente.

Sem esse predicado, a nossa “relação” com o desequilíbrio psicológico, seria imutável e duraria para sempre e de nada adiantaria qualquer tipo de terapia.

É importante, que fique entendido, que o processo da transitoriedade psicológica do desequilíbrio psicológico está sob o judice de cada um de nós, dependente da nossa atitude em relação a ele. 

Só com novos raciocínios psicológicos, novas atitudes, será possível mudar o raciocínio que nos guia nas nossas atitudes e comportamentos, na convivência com ele. Logo, a “metamorfose psicológica” está amarrada a transitoriedade e ao nosso querer e agir e a nossa maturidade e saúde psicológica, como a novos conhecimentos.

Nesse caso, como é importante aprimorar o nosso entendimento a respeito das “consequências” das escolhas feitas, ou seja, entender o que cada estado psicológico irá produzir em nós e o seu custo psicológico.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.