DETERMINISMO PSICOLÓGICO OU VIVENCIAL NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

DETERMINISMO PSICOLÓGICO OU VIVENCIAL NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

25 de março de 2022 Off Por Claudio Lima

Para o AGV conhecer em qual determinismo psicológico as pessoas elaboram e gerenciam os seus mundos psicológicos é de extrema importância, pois lhe permitirá conhecer como cada uma, organiza a sua realidade psicológica, isto é, lida com seus conflitos e constrói a sua consciência por meio do seu raciocínio psicológico. Vamos lá.

 Determinismo é uma teoria segundo a qual os acontecimentos do universo estão submetidos a um sistema de “causas e efeitos”.

Uma relação é determinada quando existe uma ligação necessária entre a causa e o efeito. Nesse sentido, o determinismo é uma generalização do “princípio da causalidade,” que liga um acontecimento a outro, logo, vulnerável ao nosso comando.

 O “determinismo vivencial ou psicológico” é a forma como cada pessoa organiza o seu raciocínio psicológico, dando vida aos seus pensamentos, comportamentos e atitudes em relação aos elementos instigadores que a instiga. Envolve a pessoa de forma abrangente, pôr dar forma a dinâmica psicológica dela.

 Por isso, é preciso desvendar, em que determinismo a pessoa estrutura a sua dinâmica psicológica.  Como elabora e lida com as causas (os elementos instigadores suas percepções e interpretações psicológicas) e os efeitos (as suas consequências) que entram em sua realização, para melhor compreendê-la e atuar de forma conscienciosa.

Para o Autogerenciamento vivencial (AGV) existem duas maneiras de vê o determinismo psicológico:

A primeira concepção é o determinismo do passado: onde as consequências do que nos acontece já está “pré-determinado” ou por motivos cármicos ou por nossas vivências passadas, ou seja, os acontecimentos revividos no presente “não dependem de nossas escolhas atuais” para acontecerem ou para reagirmos a eles, já estão programados e memorizados pelas nossas vivências passadas, isto é, os arquivos de memória já contém, em si, as respostas para esse ou aquele acontecimento ao serem revividos no presente.

Nos casos das respostas adequadas ou não, a nossa forma de entender e reagir, estará amarrada a esse passado, já que ele contém as causas que determinam os seus efeitos sobre nós.

No caso do cármico: o nosso presente serve apenas para realizar o que já está pré-programado, nada sai do preestabelecido. Evoluir aqui, se vincula aos conceitos de corrigir os nossos erros cármicos.

JÁ no caso do nosso aprisionamento ao passado “dessa vida”: teremos que dar novos significados as essas vivências, para, aí sim, lidarmos com elas de formas diferentes, sem que interfiram no nosso presente, dá mesma forma que interferiram.

Perceba, à medida que corrigimos os erros cármicos ou retificamos o nosso passado atual, evoluímos. Só seremos sofredores e infelizes se não tivermos a capacidade de corrigir ou retificar o que já foi vivido.

Nesse olhar, o nosso “livre arbítrio” restringe-se em realizarmos ou não o que já está pré-agendado ou mudarmos ou não as nossas percepções e interpretações sobre o que foi vivido, nessa vida.

O grande perigo é que podemos viver, conformados com essas realidades pré-programadas. Expressões como esta, são ouvidas: é necessário passar por isso, para que na próxima vida eu venha melhor, eu nasci assim, é o meu passado que me fez assim, a culpa de eu ser assim é de….

Nesses casos, a autoconsciência e a autorreflexão têm a função de perceber os erros cármicos e corrigi-los ou de ressignificar o que o nosso passado atual, produziu em nós.

 Em termos de responsabilidade: no cármico, somos os responsáveis. No caso do passado, da vida atual, somos vítimas dele. Alguém é responsável, menos nós.

Enfim, no determinismo do passado há a necessidade de se dar um novo sentido ao que se viveu, para se ter uma vida melhor.

Nele, a “nossa transformação” será medida pela quantidade de erros reparados ou das experiências ressignificadas. Assim, a vida atual está subordinada aos “acontecimentos pretéritos”.

A segunda concepção é o determinismo do pensamento, onde o que nos acontece está indexado ao que pensamos, das escolhas que fazemos, isto é, de como estruturamos os nossos raciocínios e as logicas que nos guiam.

Aqui, somos vistos como criaturas capazes de analisar, interpretar e transformar nossos comportamentos e atitudes mudando a lógica do pensamento. Se antes era de revolta agora é de aceitação.

Nela, a nossa “capacidade de transformação” está vinculada a nossa “multiplicidade e plasticidade vivencial”. A nossas habilidades de mudarmos o que estamos vivendo.

Nesse processo, o nosso investimento em novas escolhas, em novos raciocínios psicológicos e em novas lógicas psicológicas é que irão determinar os efeitos do que viveremos, no decorrer do tempo. Assim, a nossa trajetória vivencial será resultado deles.

Evoluir, nessa situação, significa estar aberto a novas percepções, a novas interpretações, a novos conhecimentos, a novas possibilidades, a novos raciocínios psicológicos e a novas lógicas psicológicas. Só assim, a nossa maneira de ser e viver será transformada.

Veja, à medida que agregamos novos conceitos às nossas vidas e descartamos os anteriores do nosso presente e não da nossa memória, a nossa evolução seguirá um processo criativo, dinâmico e transformador.

Não há como negar que esse é um processo autotransformador. Nada, somente nós mesmos, poderemos impedir as modificações necessárias dos conteúdos dos nossos pensamentos ou a construção de novos pensamentos em relação ao mesmo elemento instigador.              

Nessas condições, as nossas relações vivenciais são passíveis de novas percepções e interpretações, a cada instante, a cada momento. Perceberam! O que é feito agora é que determinará o efeito do que se está vivendo.

Ufa! Só continuaremos sofredores e infelizes, se nos mantivermos presos a esses pensamentos de sofrimentos.

Também é importante destacar que é por nossa vontade, que certos pensamentos, derivados das frustrações, das amarguras, decepções e dos desrespeitos etc., se fixam em nosso presente, nos aprisionando a esses momentos psicológicos. Exemplos:

“Foi devido ao meu passado que me tornei assim”. Cuidado com essa forma de justificar as suas atitudes, pensamentos e comportamentos.

Enfim! Para o AGV, a nossa trajetória existencial segue o que determinam as nossas escolhas atuais, o que nos permite suplantar aquelas que foram feitas em épocas anteriores inadequadas.

Para refletir: Use a sua liberdade de escolhas para dar novas perspectivas a si mesmo. Não se limite ao passado, não viva “restos” de vida!

Afinal, em que determinismo gerencia a sua “força da vida”?

Para aprofundar no conhecimento, leia o ebook do Autogerenciamento Vivencial editado pela simplíssimo.com.br.

Simplíssimo <ebooks@simplissimo.com.br

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.

 Nota: Para o Autogerenciamento Vivencial o objeto de estudo da Psicologia é “o pensamento, suas construções, suas lógicas e suas dinâmicas e consequências”.