Impermanência Psicológica e o Autogerenciamento Vivencial
7 de maio de 2019Para explicar a natureza livre da nossa mente na construção e reconstrução das nossas realidades psicológicas presentes, o Autogerenciamento Vivencial (AGV) criou a expressão Impermanência Psicológica.
Baseando-se no conceito de que impermanente é o que não se mantém de maneira permanente, ou seja, que pode ser mudado. Ao incorporá-lo ao nosso mundo psicológico, tornou-se possível conceber uma mente mutante e criativa, que pode mudar a cada conhecimento ou a cada desejo, além de uma percepção e interpretação transitória e flexível sobre nós mesmos, sobre o outro, sobre acontecimentos, sobre o nosso presente.
Devido aos conceitos de incompletude e impermanência psicológica e seu conluio tornou-se possível novas leituras e formas de agir sobre o nosso mundo psicológico e como consequência, a construção dos conceitos de multiplicidade psicológica, plasticidade vivencial, transitoriedade vivencial e a compreensão e o autogerenciamento das nossas percepções e interpretações psicológicas (autopercepção, autogestão, autotransformação), como também a flexibilidade dos nossos raciocínios psicológicos ao nos permitir estar em constante transformação para o bem ou para o mal.
Realmente é uma qualidade superimportante dentro do nosso contexto psicológico a nos envolver, por nos permitir ser diferentes a cada propósito, a cada acontecimento, a cada atitude etc., ao nos consentir gerar novos conhecimentos e novas formas de agir sobre os nossos momentos já vividos ou não.
Ela atua sobre a nossa dinâmica de autoconstrução e autotransformação, nos permitindo reinventar a vida a cada momento, tanto para o nosso bem ou mal, no instante em que quisermos, nos capacitando, a nos mudarmos, eternamente.
O grande desafio psicológico é gerenciar essa qualidade da mente, de forma construtiva nas nossas vidas, já que a sua manifestação está sobre o julgo dos nossos desejos, dos nossos propósitos, das nossas escolhas, das nossas interpretações, do nosso querer, do nosso acreditar e agir, do nosso nível de autoconsciência e autorreflexão, da nossa maturidade e saúde psicológica.
Também nos sinaliza que em relação ao tempo presente, as nossas percepções e interpretações, como o nosso raciocínio psicológico não foram construídas para durar para sempre, já que o nosso presente nos permiti estar em constante mudanças.
O grande perigo, é que devido ao nosso livre arbítrio, podemos nos aprisionar a determinadas realidades psicológicas passadas, vividas ou imaginadas no presente, até os nossos últimos dias de vida.
Outro ponto a destacar, é que devido à sua natureza psicológica e a nossa consciência ser lógica e flexível e não emocional, inconsciente ou neurológico, exceção no caso de doenças, que as nossas vivências são impermanentes, ou seja, elas existem a partir das percepções e interpretações construídas por nós, em dado momento até quando quisermos. Ao mudá-las, os nossos entendimentos sobre as nossas vidas, também mudam.
Outro ponto interessante é que não precisaremos, a qualquer tempo, ficar justificando os nossos erros ou apontando culpados pelas dificuldades que estamos passando. Teremos a consciência de que as nossas ligações com os acontecimentos existem por um tempo e qualquer esforço da nossa parte para mantê-los permanentes, poderá nos custar momentos de tristeza, de sofrimento, de depressão, de vida etc.
Para cada acontecimento, sempre haverá a possibilidade de opções diferentes (sofrer/não sofrer, ir/não ir etc.) e a troca das mesmas. Entender isso é de extrema importância, pois nos permitirá cessar o nosso apego exagerado ao vivido.
É importante voltar a destacar que no mundo psicológico não existe neutralidade.
Enfim! Compreender a nossa impermanência psicológica dentro do contexto presente, lógico, consciente, interativo, subjetivo e psicológico e não emocional, inconsciente, comportamental e neurológico, nos é de extrema importância, como também, entender a “inevitabilidade” da nossa necessidade psicológica presente em estar sempre em constante mudanças. O mundo psicológico é quântico.
Para refletir:
Como é importante termos consciência do nosso aprisionamento a determinadas verdades sejam elas: pessoais, filosóficas, científicas, religiosas ou imaginária e o quanto elas limitam o nosso pensar, agir e viver.
Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.