O DESEJO E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

O DESEJO E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

9 de julho de 2019 Off Por Claudio Lima

Para haver desejo é preciso que a mente humana esteja em busca de algo.

Desejar: dedicar-se esforço em relação a algo. Querer a sua realização.

Ao ser apreendido como uma “atitude mental” que envolve o nosso psicológico, nesse caso, interfere na nossa percepção psicológica e como consequência, nas nossas atitudes, comportamentos e pensamentos.

 Podemos criá-lo, recriá-lo, mudá-lo, enfim, almejar o que quisermos “psicologicamente”. Porém, nem sempre o conquistaremos, porque existem desejos que não estão aos nossos alcances, como também existem aqueles que dependem dos outros para realizá-los.

Como a ação de desejar faz parte do nosso mundo psicológico, representa algo que cada um de nós busca, ou através da realidade ou da imaginação para satisfazer ou aliviar necessidades ou carências pessoais.

O desejo, nos oferece o alvedrio de viajarmos pelo mundo da realidade ou do imaginário e arquitetarmos a sua realização de acordo com o nosso querer.  Nesse caminhar, para existir, não precisa da autorização de ninguém, além da nossa. É aí que mora o perigo. Alguns, nos trazem felicidade, satisfações, realizações etc., consequências construtivas, outros, infelicidades, insatisfações, frustrações, decepções, conflitos, doenças, punições etc., consequências destrutivas. Em relação a eles, o quanto mais rápido percebemos o seu potencial destrutivo e os abandonarmos, evitaremos malefícios para nós.

Quando só nos envolvem na sua “criação e realização”, nos dá a liberdade de desejar e realizar o que quisermos, nesse sentido, podemos até libertar a nossa imaginação do controle da consciência, dos conceitos de moral, de religiosidade e de culpa, nos consentindo criar, na nossa mente, qualquer desejo e realizá-lo da forma que bem quisermos, desde que, a sua concretização fique restrita “ao nosso mundo psicológico” e “a nossa autossatisfação” e “autopunição”.

No entanto, quando a sua realização “envolve o outro”, nos dar limite em relação a eles, é essencial para evitarmos possíveis malefícios aos outros e a nós mesmos.

Nesse caso, a sua concretização ficará sobre o judice deles, podendo sofrer algum tipo de empecilho, gerando, em nós, decepções, frustrações etc. O grande perigo é que esses empecilhos podem gerar, da nossa parte, atitudes desrespeitosas, violentas (estupros) e até morte do outro.

Outro ponto a destacar, é que o desejo em termos de construção e realização, é vulnerável a nossa estrutura psicológica. Se originar durante a vivência de desequilíbrio psicológico, doença psiquiátrica ou do descontrole da imaginação, poderá gerar aspirações perigosas, tanto para pessoa como para os outros. Logo, ter consciência do limite dos nossos desejos é um ato de responsabilidade tanto em relação a nós mesmos, quanto ao outro e a sociedade, uma vez que, somos, sem sombra de dúvida, os responsáveis pelo seu “conteúdo” bem como, pelo “modo” que os realizamos.

Sendo assim, é de fundamental importância, termos a gerência dos elementos instigadores e suas percepções psicológicas na construção das lógicas psicológicas dos nossos desejos.

Nós temos a percepção dos nossos desejos, nada é inconsciente ou emocional. Dependendo do nosso olhar interior, os nossos desejos podem ser gratificantes ou não.

Lembrete: O desejo traz em si a “imprecação” de que quando o seu elemento instigador perde o seu encanto, precisaremos de novos para que o desejo continue o seu designo.

CUIDADO COM O QUE VAI DESEJAR!

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.