O RACIOCINIO PSICOLÓGICO NA CONSTRUÇÃO DA LÓGICA COGNITIVO-VIVENCIAL OU PSICOLÓGICA NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

O RACIOCINIO PSICOLÓGICO NA CONSTRUÇÃO DA LÓGICA COGNITIVO-VIVENCIAL OU PSICOLÓGICA NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

2 de março de 2022 Off Por Claudio Lima

Como já visto anteriormente, para o AGV, a mente humana é lógica, consciente e subjetiva e, em razão disso, a construção do raciocínio psicológico segue uma sequência de juízos, argumentos e padrões de pensamentos para se chegar à determinada conclusão, ou seja, a uma realidade psicológica.

Como a mente humana nunca desliga, labora 24 horas por dia, precisa de informações reais ou imaginárias para se ter algo para pensar, criar, refletir etc., se preencher. São as nossas experiências cognitivas e vivenciais e suas memórias que as fornecem.

Nesse sentido, o nosso raciocínio psicológico é dependente delas para construir as nossas lógicas cognitivo-vivenciais ou psicológicas, ou seja, as regras que iremos seguir.

Em razão disso, temos que ficar atento as regras que criamos, pois, nem todas as regras nos trazem benefícios.

Há regras, que podem nos aprisionar a determinados raciocínios psicológicos autodestrutivos. Daí a importância do Autogerenciamento Vivencial, na hora de tomarmos decisões sobre as nossas vidas.

Vamos lá!

O Autogerenciamento Vivencial (AGV) define o raciocínio psicológico, como a capacidade que temos, de estruturar os nossos pensamentos, as nossas atitudes e comportamentos, ou seja, tudo que nos envolvem psicologicamente, tendo as nossas experiências cognitivas e vivenciais e suas memórias como elementos fornecedores de informações.

O raciocínio psicológico tem a função de analisar e organizar as informações de forma lógica, dando vida e coerência aos elementos instigadores e suas lógicas psicológicas.

Por meio dele, também construímos de forma organizada, coerente e lógica, as nossas “desordens psicológicas”.

Essa vulnerabilidade do raciocínio psicológico ao adequado ou inadequado acontece, porque sem as nossas percepções e interpretações psicológicas, ele não acontece.  E elas, por sua vez, depende do nosso olhar, dos nossos desejos, vontades etc.

Esse conluio entre eles, faz parte do nosso processo de imaginar, inferir, induzir, deduzir e estruturar as lógicas dos nossos pensamentos.

Essas flexibilidade e transitoriedade do nosso olhar sobre as nossas experiências, será uma dádiva ou não, por nos permitir criar novos raciocínios ou mudar os já existentes. Como também, torna possível, termos outras compreensões sobre o mesmo elemento instigador. Basta mudarmos as nossas percepções e interpretações sobre ele; nova lógica, nova compreensão, nova realidade.

Não há como negar, que “os predicados” das nossas percepções e interpretações psicológicas e suas lógicas sobre as nossas experiências, interferem na nossa maneira de entender e reagir aos momentos que nos envolvem psicologicamente.

Estes predicados são construídos, porque na edificação dos nossos raciocínios psicológicos, eles, os nossos raciocínios psicológicos, são envolvidos por nossos desejos, necessidades, interesses, entendimentos, conflitos, traumas, doenças psiquiátricas etc.

São eles, nossos desejos…que os determinam, os predicados. Em razão disso, as características dos nossos raciocínios psicológicos estão a mercê da nossa “autogestão”.

Tendo como referência o que foi dito a cima, nasce o conceito de “multiplicidade psicológica”, que é a capacidade que a mente humana tem de construir e reconstruir realidades psicológicas de acordo com os nossos desejos, nossos interesses, nossos quereres etc.

Também é importante frisar, que são os nossos raciocínios psicológicos que dão vida as nossas “lógicas cognitivo-vivenciais ou psicológica”, já que elas são constituídas por regras elaboradas por nós.

Essas regras, nos permitem chegar a conclusões e resolvermos de forma adequada ou não, as situações que nos envolvem.

Nele, a verdade ou a mentira, o certo e o errado etc., são subjetivos, transitórios e relativos, já que são fundamentos na dependência das nossas percepções e interpretações psicológicas, sobre as nossas experiências. “Perceberam o perigo.”

Não há como ignorar a importância dos elementos instigadores, suas interpretações e suas lógicas advindos das nossas experiências. É a partir deles, que o nosso mundo psicológico se estrutura.

Para que os nossos raciocínios psicológicos sejam apropriados, é necessário termos consciência, conhecimentos, maturidade e saúde psicológica, como também uma capacidade de entendimento e organização dos fatos, uma flexibilidade mental e, principalmente, querer bem para si.

Diante do que foi exposto, podemos afirmar que o nosso raciocínio psicológico é um instrumento analítico e sequencial, utilizados por nós, para criar, justificar, analisar, argumentar ou confirmar verdades a respeito de algo que nos envolve psicologicamente.

Uma nota sobre o elemento instigador.

O elemento instigador e sua lógica psicológica podem ser constituídos através de experiências vividas ou imaginadas, elaborados por nós, por meio da dedução ou indução.

Dedução – é o ato de concluir ou enumerar minuciosamente fatos e argumentos, para chegar a uma conclusão. De uma premissa geral em direção a outra, particular ou singular.

A dedução é estruturada formalmente a partir de duas proposições (premissas), das quais se obtém por inferência uma terceira (conclusão) p.ex.: “todos os humanos são pecadores; homens e mulheres são humanos; logo, homens e mulheres são pecadores.

O que se observa que as conclusões encontradas nesse raciocínio, já estavam nas premissas analisadas anteriormente e, portanto, ele não produz conhecimentos novos, ou seja, a conclusão está implícita nas premissas.

Indução – consiste em se estabelecer uma verdade inquestionável com base no conhecimento de certo número de dados singulares, ou seja, de uma premissa singular ou particular para outra, geral. Parte de fatos particulares, comprovados, e se obtém uma conclusão genérica. Devido a isso ou aquilo…. que as pessoas ficam assim.

Os raciocínios dedutivos e indutivos, em termos psicológicos, apresentam conclusões que serão verdadeiras para quem as elaborou, não importa se correspondam a realidade dos fatos ou não.

A dedução ou indução servem para criar e validar as lógicas psicológicas elaboradas por nós. Cuidado com elas.

Em relação a lógica cognitivo-vivencial ou psicológica, ela tem a função de determinar a nossa realidade psicológica, tanto no seu aspecto fictício como no real. Ela nos influencia, decisivamente, em muitos aspectos: nas nossas atitudes, comportamentos e pensamentos, nas nossas vontades e saúde e no nosso equilíbrio psicológico.

Enfim:

No mundo psicológico, tanto o método dedutivo quanto o indutivo, são dois tipos de raciocínios utilizados por nós, para criar as nossas verdades ou para aceitar as verdades dos outros.

Todas “as premissas” elaboradas por nós, respeitam a estrutura lógica do pensamento. Cuidado como e o que pensa.

Precisamos revolucionar os nossos pensamentos, pois não há como mudar o nosso “raciocínio psicológico” sem a nossa participação.

“Dar significados” as nossas vivências psicológicas, é uma tarefa de extrema importância, em razão de que, os arquivos de memória oriundos dessas experiências cognitivo/vivenciais irão influenciar a nossa autoconsciência e autorreflexão.

Lembrando:

Inferir – significa deduzir, concluir. É chegar a uma conclusão final, sobre algum fato ocorrido, através de seguidas deduções.

Premissa – ideia que serve de base para a criação de um pensamento, de uma lógica, opinião, ponto de vista, raciocínio; axioma, pressuposto. Fato inicial a partir do qual se inicia um raciocínio ou um estudo, ou seja, as informações essenciais que servem de base para um raciocínio, para um estudo que levará a uma conclusão. Em lógica a premissa significa cada uma das proposições de um silogismo (argumento, dedução, raciocínio).

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica