OS DESAFIOS E CONSEQUÊNCIAS DA SOBREVIVÊNCIA FÍSICA E/OU PSICOLÓGICA NOS HUMANOS, NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

OS DESAFIOS E CONSEQUÊNCIAS DA SOBREVIVÊNCIA FÍSICA E/OU PSICOLÓGICA NOS HUMANOS, NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

3 de junho de 2024 Off Por Claudio Lima

Nós humanos vivemos em constante desafios, sejam de sobrevivência física ou psicológica. Tais desafios requerem de nós autogestão, seja do nosso mundo físico ou psicológico.

Entendendo a luta pela sobrevivência, seja física ou psicológica como uma força que sobrepõe qualquer regra pessoal, social ou religiosa, já que o importante, o fundamental é nos mantermos vivo fisicamente e psicologicamente, sem levar em conta o que se tenha que fazer.

Como as nossas ações e suas qualidades são dependentes dos elementos instigadores e suas lógicas psicológicas, dependendo do que eles nos instigam, podemos agir de forma perigosa para nós, para os outros e para a sociedade.

Nas situações que somos pressionados por desejos, necessidades e situações extremas, daremos a elas, um caráter prioritário e diretivo em relação as nossas atitudes, comportamentos e pensamentos.

Quanto mais intensas, difíceis e urgentes, mais irão requerer de nós soluções extremas, mesmo que para isso, seja necessário sobrepor regras, conceitos morais e religiosos e a nossa própria consciência e dignidade.

Nessas situações, precisamos estar atentos aos seus ditames, já que eles podem apresentar auto potencial de sobrepor as nossas verdades, crenças, dignidades etc., nos levando a praticar ações, que podem produzir consequências ruins para nós.

Como já visto em artigos anteriores, as nossas ações são construídas e dirigidas por elementos instigadores e suas lógicas psicológicas, logo, são ações pensadas por nós. Não há perda de consciência do certo ou errado.

Temos a consciência de que estamos fazendo algo errado, fora das regras, porém, mesmo assim, o fazemos, levados pela necessidade de nos mantermos vivo fisicamente ou psicologicamente a qualquer custo.

Logo, não há dúvida, que existe um processo reflexivo anterior a ação. Não acontece do nada. Agimos tendo consciência das nossas ações.

Ou seja, mesmo em situações extremas, não deixaremos de ter consciência do certo e errado. Em razão disso, para não agirmos em desacordo com nossas atitudes, comportamentos e pensamentos, se fazem necessários adequarmos a elas, ou seja, criarmos justificativas, para que essa ou aquela atitude ou comportamento possam acontecer, sem nos importarmos com as violações das regras.

Isso se torna possível, devido aos conceitos:

  • de raciocínio psicológico – que é a capacidade que qualquer pessoa tem de estruturar os seus pensamentos, de acordo com os seus entendimentos.
  • de “multiplicidade psicológica”, que é a capacidade e a flexibilidade que a mente humana tem de construir e reconstruir realidades psicológica de acordo com os nossos desejos, necessidades etc.;
  • de flexibilidade psicológica” que é a capacidade psicológica que a mente humana tem de mudar de opinião, de desejo, de pensamento, de atitude, de comportamento etc., em relação as situações que a envolve.
  • de “plasticidade vivencial”, que é a capacidade que a mente humana tem de se adaptar às suas vivências;
  • de “transitoriedade vivencial”, que é a flexibilidade que o fato ocorrido tem de nos permitir mudar as nossas percepções e interpretações, o nosso entendimento dado em determinado momento, por outros, sem alterar o fato em si, sem precisar ressignificar o já existente, o que significou, deu vida psicológica ao acontecido;
  • de “imprevisibilidade psicológica”, essa “inconstância psicológica” que nos dá “a possibilidade de mudar” de atitude, comportamento e pensamento em relação a nossa maneira de lidar com as situações que nos envolvem.
  • de “percepção psicológica”, que é essa capacidade que a nossa mente tem de perceber psicologicamente o mundo que nos envolve, de acordo com a nossa compreensão em dado momento.
  • de “elemento instigador”, que tem a função de influenciar e dá motivos a razão para que ela construa as lógicas psicológicas, que darão vida aos nossos pensamentos, atitudes e comportamentos, que nos guiarão no nosso dia a dia;
  • “e a consciência” ser vista como mutável, flexível, transitória e subjetiva e, em termo estrutural, é construída através dos nossos arquivos de memória” e suas lógicas psicológicas arquitetados por todos nós, determinando as regras a seguir, nas nossas posturas individuais e sociais.

Fica claro, que sem novos significados, as nossas ações de sobrevivência fora das regras não aconteceriam, uma vez que, teríamos dificuldades em lidar com as suas consequências, nossas culpas, nossos sofrimentos etc.

Exemplo: comer carne humana para sobreviver. Apesar de estar gravado em nossa mente que é errado, o caminho para sobrevivência é mudar a percepção e interpretação sobre comer carne humana, nessa ou naquela situação.

Percebe-se que, embora o aprendizado do justo, do correto, do permitido, do digno et., façam parte das nossas memórias, felizmente ou infelizmente, dependendo do que a nossa lógica psicológica propõe, a nossa consciência não consegue impedir que construamos novos entendimentos sobre os nossos conceitos de certo ou errado.

É importante frisar: que sem essas mudanças de consciência, não seria possível mudarmos as nossas atitudes, comportamentos e pensamentos.

Exemplo: embora tenha consciência que roubar é errado, quando estou envolvido pela fome e não enxergo outra saída, posso mudar o entendimento sobre pegar algo de alguém para comer, não com o sentido de roubar e sim, saciar a minha fome e não morrer, sobreviver.

Enfim! Como vivemos em um mundo de escolhas e decisões, e o mundo psicológico é constituído de conexões, o mais importante é saber decidir. Daí a importância da “autogestão” sobre elas, embora, não signifique que não erraremos mais, no entanto, através dela espaçaremos os espaços entre cada erro e diminuiremos o tempo vivido dentro de cada erro. Seremos mais conscienciosos nas nossas decisões.

Acordemos!

Lutar por uma sociedade mais justa, mais humana, mais igualitária, passa a ser de fundamental importância para o país, para o povo e para as nossas sobrevivências psicobiológicas. Menos necessidades extremas, menos distúrbios mentais e psicológicos, menos violências, menos sofrimentos.

Nota. O artigo não visa os casos de doenças mentais.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.