REALIDADE PSICOLÓGICA
11 de abril de 2020Fruto da realidade interna que construímos em nossas mentes. A realidade psicológica está sujeita ao nosso mundo das escolhas, dependente das nossas percepções e interpretações, do nosso raciocínio psicológico para existir. Seu significado é resultado de conteúdos cognitivos e psicológicos que elaboramos com os nossos aprendizados cognitivos/vivenciais.
Como se constitui por meio de escolhas, é instigada por nossos desejos, necessidades, interesses e conflitos e quem a gerência, são as lógicas psicológicas que a constituíram.
Ela representa o nosso mundo interior, das ideias, dos pensamentos, das razões, da consciência e reflexão, do desejo, das escolhas, já que somos nós que arquitetamos os conceitos das nossas experiências.
Ela é única a cada situação e a cada pessoa. Só nós as conhecemos , por isso, podemos manipulá-las de acordo com os nossos interesses, sem perder de vista as suas verdades.
Às vezes, criamos realidades paralelas para não assumirmos as de fatos (as reais), por diversos motivos pessoais. Nos enganamos, sabendo que estamos nos enganando. Felizmente, não há, da nossa parte, a perda da consciência sobre as verdadeiras realidades psicológicas que nos envolvem, se não, não haveria como ocorrer o processo terapêutico. Nos enganamos sabendo que estamos nos enganando. As consequências estão sempre batendo nas nossas portas.
Para que os outros a conheça é preciso expressá-la, aí que mora o perigo. Como já foi visto, podemos criar realidades paralelas e nos iludirmos com ela, também é possível iludi-los com as nossas ilusões. Esse é o desafio dos terapeutas, separar o alho do bugalho, uma vez que a realidade imaginária, em algumas situações, tem o poder de sobrepor a verdadeira realidade, tornando-se apropriada para quem as criou.
A realidade psicológica é vulnerável as adaptações que fazemos diante dos conflitos ou de qualquer vivência. É o mentir para si dentro de uma lógica consciente.
No curso da sua construção é importante ressaltar que a nossa capacidade de escolher e acreditar é inerente a nós, já que somos nós os gestores dos elementos instigadores, das suas interpretações e das suas lógicas.
Sendo assim, podemos mudar, construir ou reconstruir, dar o sentido que quisermos a nossa realidade psicológica, utilizando-se de outas percepções e interpretações psicológica, subestimando, em algumas situações, a nossa autoconsciência e a autorreflexão ao deixar de ponderar as “consequências” das nossas atitudes. Infelizmente na sua construção e execução, poderemos nos tornar “altamente perigosos” para nós mesmos.
A realidade psicológica, na sua essência, é sempre real, para quem as criou ou as manipulou de acordo com os seus interesses, já que o seu elemento instigador pode ser real ou fictício.
Ao ser criada, só é percebida, interpretada ou modificada pela mente que a criou, mas ao ser expressada, se torna vulnerável a interpretação do outro.
Perceberam o quanto é fundamental e poderoso o nosso querer, acreditar e agir e os seus gerenciamentos, já que é através deles que direcionamos as nossas escolhas e estruturamos e validamos os nossos raciocínios psicológicas na construção das nossas realidades psicológicas.
Outro ponto a destacar. A realidade psicológica está além do tempo. É você quem determina com qual tempo (passado, presente ou futuro) irá usar para construi-la.
Felizmente ou infelizmente, essas realidades psicológicas reais ou imaginárias serão sempre verdadeiras para quem as criou, portanto, prevalecerão sobre as opiniões dos outros, porque nos tornam prisioneiros do que elas propõem. Perceberam a sua importância!? As dificuldades dos processos terapêuticos?
Portanto a realidade psicológica é construída pelo sujeito cognoscente; ela não é dada pronta para ser descoberta.
Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.