RÉGRAS PSICOLÓGICAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL
3 de julho de 2024Nós humanos somos os animais criadores de regras, sejam científicas, pessoais ou psicológicas e sociais. Essas regras são criadas por “raciocínios lógicos” e podem mudar, basta haver alguma necessidade, algum motivo…
Nós as criamos com o objetivo de regular certos fatos, situações, comportamentos, pensamentos etc., com a finalidade de os padronizar e dar limites a nós e aos outros. Elas estabelecem padrões de ações, sejam científicos, pessoais ou sociais.
Nesse olhar, fica claro que as regras são utilizadas de muitas maneiras diferentes, logo, não há uma definição única que seja válida para todos esses usos. Sendo assim, irei dedicar esse artigo as “regras psicológicas.
As regras psicológicas são normas pessoais constituídas por meio de atos de autorreflexão e autoconsciência, que dão vidas as nossas percepções e interpretações psicológicas e essas, por sua vez, fornecem as informações para os nossos raciocínios psicológicos, cuja finalidade, é determinar através das lógicas psicológicas, padrões de ações para as nossas atitudes, comportamentos e pensamentos, em relação as situações em que foram criadas.
Ou seja, elas criam condutas, em relação a essa ou aquela situação, estabelecendo qual atitude, comportamento, pensamentos teremos que ter diante delas.
Logo, determinam, padronizam e gerenciam as nossas interações e reações psicológicas, tornando-as “habituais”, ou seja, agimos, comportamos e pensamos de forma pré-estabelecida, sem a necessidade de refletir novamente sobre elas e suas consequências em nossas vidas. Aí é que mora o grande perigo.
É importante destacar, que no nosso mundo psicológico lutamos por nosso bem-estar e que devido a determinadas regras psicológicas, podemos criar conflitos e nos aprisionarmos a eles. Daí a necessidade de trocá-las e para trocá-las, basta criar novos raciocínios, novas lógicas psicológicas, novas regras. A terapia existe, para ajudar as pessoas que têm dificuldades em realiza-las.
Veja, enquanto as regras sociais são gerais e abstratas, e se criam ou modificam através de leis, já, as regras psicológicas, são regras prescritas por nós, que se criam ou se modificam através de novos raciocínios psicológicos, que dão vida a novas lógicas psicológicas.
As regras psicológicas são fundamentais para a organização e funcionamento do nosso mundo psicológico. Daí a importância da qualidade das nossas “autogestões”.
Sem pensar, ou seja, sem a arte do refletir, do julgar, do apreender, etc., não poderemos agir conscientemente, dar qualidade, ou seja, construir e avaliar as consequências das nossas regras psicológicas.
Muita atenção!
Raciocínios psicológicos refletidos de maneira inconsequente, inadequadas, sem a lucidez da própria realidade, nos orientam a construir regras psicológicas desconexas e contraditórias, nos levando a agir contra nós mesmos, sem dó e piedade.
Infelizmente existem pessoas que as veneram, apesar dos sacrifícios, sofrimentos e até do autoabandono.
Outro ponto a se refletir, já é chegado a hora dos Psicólogos abandonarem o culto ao emocional. O emocional é apenas a expressão do sentimento designado pela lógica psicológica.
O emocional não tem nenhum poder, sobre o nosso mundo psicológico, já que não cria regras, só as segue.
O nosso mundo psicológico é vulnerável aos nossos raciocínios psicológicos e suas lógicas e suas regras psicológicas advinda deles.
Caso tenham dúvida, leiam o livro e/ou os artigos anteriores.
Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.