RESIGNAR, SUAS INTERPRETAÇÕES E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL
1 de junho de 2021“Resignação, no olhar do AGV, pode significar libertar-se ou aprisionar-se a algo”.
RESIGNAR
Conformar-se sem se revoltar. Aceitar o que se fez, se apresenta ou acontece. Conformar-se. Renunciar a algo.
Analisando o ato de resignar com “olhar psicológico”, ele está indexado à acontecimentos passados que podem trazer consequências psicológicas construtivas ou destrutivas, dependendo das propriedades das nossas ações.
Em função disso, é ato de sabedoria saber gerenciar essas situações que interferem no nosso mundo psicológico, nas nossas atitudes, comportamentos e pensamentos presentes ou futuros.
Como já é sabido, em termos de mudança, os fatos acontecidos não são possíveis mudá-los. Eles são imutáveis. Não há como mudarmos o que já aconteceu, porém, em termos das nossas “posturas psicológicas” em relação a eles, estas sim, podem ser mudadas, já que se pode escolher outros elementos instigadores e construir outras interpretações psicológicas sobre eles, criando assim, outras lógicas psicológicas que nos guiarão em relação a eles.
Nós seres humanos temos a capacidade de mudar e de se adaptar a novas realidades. Vide o conceito de “multiplicidade psicológica” e “plasticidade vivencial”. Nunca podemos esquecer que todas as mudanças “começam” pelo amor a nós mesmos.
Em razão disso, subentende-se que no mundo psicológico a ação de resignar pode ser entendida de duas maneiras uma “construtiva” que nos liberta desse passado, abrindo novos caminhos e outra destrutiva que nos aprisiona a ele. Tudo dependerá da maneira como será percebida por nós.
O fato de submetermos sem revolta, não significa que renunciamos em ser feliz, em construirmos para as nossas vidas, apesar do sofrimento, da culpa etc., novos horizontes, onde podemos ser bem-aventurados. Tudo dependerá do elemento instigador, da sua percepção e interpretação e da lógica psicológica resultante da nossa autogestão.
Se o elemento instigador é interpretado com o significado de: conformar-se, aceitar, não apresentar resistência, sujeitar ao que nos acontece, nos trará, como consequências, o nosso aprisionamento psicológico a ele. Caso contrário, não se aprisionar psicologicamente ao acontecido, nos libertará e novos horizontes se abrirão. A terapia está aí para ajudar.
Em razão das “nossas atitudes”, poderemos ser: “resignante passivo” ou “resignante reflexivo”.
“Resignante passivo” é aquele que aceita e se aprisiona a tudo de ruim que lhe acontece para não ter que os enfrentar ou levadas por motivos pessoais, não quer que o sofrimento se vá deixando de lutar por uma vida melhor. Fica indiferente ao seu sofrimento para não ter que se posicionar ou libertar-se em relação ao ocorrido.
Acomoda-se a ele, uma vez que tais atitudes passaram a serem vistas como normais. A sua dignidade, a sua moral, os seus desejos e sonhos ficaram de lado. Aceita tudo, mesmo tendo consciência que é injusto e que na verdade, não merece viver esse tipo de situação, mesmo assim, a vive, sabendo o quanto errado, elas são. São pessoas que buscam acolhimento para sua dor. A falta de “autoamor” é uma das características que se revela e impera nelas. Vide artigo “Autoamor” para melhor compreensão.
Já o “resignante reflexivo”, apesar de aceitar o acontecido, não se dobra a ele e está sempre em busca de novos caminhos para sua vida. Ter atitude reflexiva sobre os seus conflitos é o que o norteia.
Em razão disso, ser “resignante reflexivo” requer de nós, além da aceitação, maturidade psicológica para elaborarmos soluções que não nos impeçam de seguir adiante, de procurarmos novos objetivos, novas realizações apesar do ocorrido. Neles, o “autoamor” está sempre presente. Estão sempre em busca de uma vida melhor.
Nessa busca, quanto mais nos conhecermos, maior será o domínio sobre nós mesmos, sobre as nossas reações, maior respeito teremos por nós. Só assim, teremos condições de gerenciar, de maneira adequada, as nossas reações, ao sermos envolvidos por essas circunstâncias.
Sendo assim, o ato de refletir sobre as nossas ações devem ser uma constância em nossas vidas, uma vez que, a sua “autogestão” nos permitirá encontrar a maneira adequada de reagirmos aos acontecimentos. As nossas respostas dependem, com certeza, do modo como interpretamos esses acontecimentos.
Enfim!
A nossa mente vê o que queremos ver, nesse sentido, a resignação poderá ser uma virtude ou não. Tudo dependerá de nós, já que a nossa realidade psicológica está além do tempo. Está sobre o nosso comando.
Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.
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