SAÚDE MENTAL NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

Para o Autogerenciamento Vivencial, falar sobre o tema “saúde mental”, é preciso estar atento, já que ele envolva o órgão cérebro e o psicológico das pessoas.

É preciso que fique claro, ao emitir o diagnóstico e propor tratamento se está se referindo ao órgão adoecido ou a organização do pensamento, do psicológico das pessoas, já que, cada qual, requer uma compreensão e uma atuação específica.

Procurarei traçar um paralelo específico, ou seja, restrito entre esses dois tópicos. Mas o assunto continua aberto a reflexões.

Vamos lá!

Se for em relação ao “órgão cérebro”, suas deformações, doenças ou lesões, com certeza, tais acontecimentos interferem na construção, na qualidade e dinâmica dos pensamentos. Ou seja, na nossa maneira de “perceber e interpretar” e lidar com o que está nos acontecendo.

Nesses casos, o órgão cérebro é quem irá determinar as diferenças entre as pessoas na sua maneira de gerenciar, de entender e construir suas atitudes e comportamentos e pensamentos em relação ao que lhe instiga, como também, interferirá na saúde mental, delas.

O tratamento é por meio de medicamentos e/ou procedimentos cirúrgicos. O perigo é quando “generalizamos” esses procedimentos para todos os casos.

Nesse olhar, não há sentido ou espaço para a atuação da Psicologia, como ferramenta importante na cura. Ela atuará apenas como coadjuvante, entendendo aconselhamento, servir de vínculo para desabafo ou técnica motivacional, não como uma ação terapêutica.

Aqui, as pessoas se mantêm saudável mentalmente quando cuidam da saúde do órgão cérebro.

Por outro lado, no caso do “órgão cérebro seja saudável” e o nosso psicológico esteja vivendo “conflitos psicológicos”, o que acontecerá com a construção e dinâmica dos nossos pensamentos em relação aos próprios pensamentos, nossas atitudes e comportamentos e esses, em relação a nossa saúde mental?

Primeiramente determinaria pensamentos, atitudes e comportamentos inadequados.

Segundo, não se trataria de “doenças” e sim de “conflitos psicológicos”. O tratamento da nossa saúde mental, “terá como foco o nosso psicológico”.

Nesses casos, o nosso psicológico será resultado de uma sinergia psicológica, ou seja, da dinâmica da mente humana em busca de soluções.

O mau gerenciamento das nossas vivências e conflitos, refletirá, sem dúvida, na nossa saúde mental. A nossa realidade psicológica será estruturada de forma imprópria, fora da realidade dos fatos, tanto em relação aos motivos, aos elementos instigadores e suas percepções e interpretações psicológicas, dando vida a lógicas psicológicas que não nos permitem perceber a nossa verdadeira realidade psicológica em que vivemos.

Nesses casos, são essas lógicas psicológicas constituídas, que irão determinar a qualidade das nossas ações e não o órgão cérebro adoecido.

Aqui, a nossa saúde mental estará ligada a subjetividade de cada pessoa, ou seja, a maneira que cada uma estrutura as suas realidades psicológicas, de acordo com seus entendimentos, mesmo sendo inadequados.

Nesses casos, não há como não perceber, que essas realidades psicológicas distorcidas estão vinculadas ao psicológico, e não, a um órgão adoecido.

Atenção sobre isso!

Por ser o psicológico, o elemento instigador desse nosso desequilíbrio mental, corremos o risco de sermos enganados por nós mesmos, pelos nossos desejos e imaginação, chegando a conclusões indevidas, inadequadas em relação ao que nos instiga.

Nesse olhar, a nossa saúde mental será gerenciada por ato de “autoconsciência e autorreflexão” em relação as nossas vivências e conflitos psicológicos.

Enfim.

Como é importante percebermos o que está interferindo na nossa Saúde Mental.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.

Fiquem atentos Psicólogos!

Ao seguirem uma determinada linha teórica, vocês podem transformar a Psicologia numa “disciplina” do curso de Medicina.