SEXUALIDADE E SUA DINÂMICA NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL (AGV)

SEXUALIDADE E SUA DINÂMICA NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL (AGV)

28 de julho de 2020 Off Por Claudio Lima

Nos animais o ferormônio é o elemento instigador, motivador da relação sexual. Cada espécie segue um ritual pré-determinado e o seu exercício ocorre através da observação das relações entre animais mais velhos. O ato sexual tem como foco principal a reprodução.

No caso dos humanos, com o passar dos anos o ato sexual deixou de ser exclusivamente para reprodução e foi adquirindo gradativamente um outro sentido, um outro elemento instigador, que é a busca do prazer. Ou seja, os nossos “estímulos sexuais” são agora de natureza psicológica focado no prazer e, ao invés de seguir rituais pré-determinados, cada pessoa tem a liberdade de criar o seu próprio modo de obtê-lo. O seu próprio elemento instigador e a sua lógica psicológica para realizá-lo.

É importante esclarecer, que o processo como um todo envolve tanto corpo e seus hormônios como o psicológico, mas o que está sendo analisado é o elemento instigador do desejo de fazer sexo. Continuemos.

Nesse processo de libertação do mundo do ferormônio e da reprodução, fez com que a nossa relação sexual adquirisse um outro sentido e nos deu maior liberdade, tanto na forma de nos excitarmos, como na maneira de realizá-la, e ainda mais, nos permitiu sermos diferentes entre nós na busca do próprio prazer. Assim, outras maneiras de realizar o ato sexual foram surgindo.

           A nossa dinâmica do prazer passou a se iniciar com um desejo, depois nos excitamos com esse desejo e a seguir saímos em busca do que escolhemos para realizar esse desejo e o realizamos. O ato sexual segue o que está determinado em nossa mente. A parceira ou o parceiro, na verdade, é utilizada por nós para realizarmos o que construímos em nossas mentes. Na realidade ninguém dá prazer para ninguém. Somos nós mesmos que arquitetamos, despertamos e realizamos os nossos prazeres sexuais. A nossa imaginação passou a ter um papel relevante.

Devido a tudo isso, nos tornamos os únicos responsáveis pelas escolhas dos estímulos (dos elementos instigadores e suas lógicas psicológicas) que irão satisfazer os nossos desejos, como também pela escolha do “nosso papel sexual”. Além disso, passamos a ser o único responsável pela nossa motivação sexual. A qualidade do nosso prazer passou a depender só de nós. Não é a parceira ou parceiro que irão motivar e dar qualidade e intensidade ao nosso orgasmo, mas sim se eles correspondem ao que foi imaginado por nós. Na verdade, somos nós que nos damos prazer. O orgasmo é pessoal e individual, não depende do outro e nem do seu órgão genital e sim do que imaginamos e desejamos em relação a ele.

Outro ponto a ser destacado. Nós nos incitamos não só com o real, mas também com o imaginário. Por isso e para isso que a pornografia existe.

Exemplo: Um determinado homem estruturou como elemento instigador do seu desejo, mulheres de seios grandes. Nesse caso, irá buscar tanto na realidade como na imaginação, mulheres que correspondam a essa escolha.

Outro ponto importante a ser destacado, é que a escolha do objeto de prazer sofre influência tanto da maturidade intrapessoal, como também da nossa saúde psicológica. Pessoas imaturas ou portadoras de distúrbios das funções da psique, ao fazerem certas escolhas, poderão apresentar desvios, anomalias ou doenças em sua conduta sexual. A pedofilia é um exemplo.

A sexualidade ao ser dirigida pelo nosso psicológico, a ética, a moral e a culpa ficam submissas a ele. Aí é que mora o perigo na hora de construímos e realizarmos os nossos desejos.

Enfim, a expressão do desejo sexual atingiu um nível tão pessoal que alcançamos o prazer sexual apenas com o uso da imaginação.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.