MENTE FRAGMENTADA E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

MENTE FRAGMENTADA E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

15 de abril de 2024 Off Por Claudio Lima

Atravessamos séculos, apesar dos conhecimentos adquiridos, ainda não descobrimos o verdadeiro sentido das nossas vidas, visto que, continuamos obcecados por conquistas pessoais e supérfluas.

Quando se está com a mente envolvida por compromissos, obrigações, responsabilidades, necessidades etc., não se percebe a escravidão em que se vive. Vai se aprisionando sem perceber o próprio aprisionamento e quando a consciência da morte se apresenta, já é tarde. Olha! No que estamos nos transformando, alienados da própria vida.

Nesse mundo fragmentado de compromissos e obrigações, não há como não ter uma mente perdida, desorientada, insegura do caminho a seguir, das escolhas que há de fazer……

Infelizmente, nos perdemos cada vez mais nesse emaranhado de compromissos e obrigações e como consequência, as nossas mentes também fragmentaram. Nelas, não há mais espaço para se ter consciência da realidade em que se vive. Não há lugar para uma autossatisfação contempladora e duradoura e ainda mais apavorante, nem para a felicidade que ficava à espera de um determinado momento para se fazer presente.

Esse viver, nos está levando, cada vez mais, a nos aprofundar nos nossos vazios existenciais, nos levando a vivenciar quadros ansiosos, depressivos de maneira ininterrupta, uma vez que os ciclos de exigências, se sucedem de tal maneira que não há mais espaço entre um e outro. Ao resolver um, o outro o sucede imediatamente. Infelizmente a autossatisfação está deixando de morar nos nossos pensamentos.

Veja que interessante: T= E/V, logo com a velocidade dos ciclos de exigências cada vez rápido e o espaço entre os acontecimentos cada vez menor, logo o nosso tempo está cada vez menor.

Sendo assim, os momentos se sucedem tão rapidamente que não sobra tempo para curtir as nossas realizações. Está cada vez menor aqueles espaços que nos permitiam saborear os momentos de conquistas, sem sermos envolvidos por nenhum outro tipo de problema. Logo, manter-se psicologicamente equilibrado com a mente fragmentada, está se tornando impensado.

Ao vivermos nessa velocidade incrível, as 24 horas estão se tornando insuficiente para atender tantos compromissos e as nossas mentes, estão ficando sem espaço para curtirem as nossas realizações.

A autossatisfação nesse viver está ficando de lado, perigosamente esquecida, já que em nossas mentes, há cada vez menos espaço para sentimentos do tipo: de nos sentirmos satisfeitos, realizados após termos resolvido esse ou aquele compromisso ou essa ou aquela obrigação etc.

A vida está adquirindo um outro sentido. Só sinto paz quando percebo que entre um compromisso e outro há ausência de compromisso.

Nesse caminhar, precisamos acordar para a nossa natureza humana, nos auto conscientizar que somos parte dessa mãe natureza e não chips que obedecem a comandos eletrônicos e ideológicos, antes que a alienação nos aposse.

Para refletir!

O desejo da sociedade contemporânea é anular ou extirpar do nosso DNA os cromossomos responsáveis, pela nossa independência de escolhas e pelos nossos sentimentos; seja por meio da genética ou criando chips, sejam: eletrônicos, químicos ou de ideologias.

Prestaram atenção! Que os jovens estão, cada vez mais, sendo educados a não pensar, a não analisar as consequências dos seus atos, mas somente em aprender a realizá-los. São extirpados da sua mente, informações passadas que os ajudariam avaliar o rumo que as suas vidas estão tomando.

Não há como haver enfrentamento de conhecimentos, por parte deles, se os desconhecem.

Não há como eles avaliarem o que não se viveu e o que desconhecem, ou seja, não haverá enfrentamento de ideias passadas pelas futuras gerações, já que serão desconhecidas por elas.

Fatalmente, sem esses conhecimentos, não saberão avaliar o rumo que as suas vidas estão tomando, tornando seres fragilizados, vulneráveis e seguidores das subculturas implantadas pelo sistema dominante.

Enfim! Ao vivermos, nessa velocidade incrível. há cada vez menos espaço, para a mente humana aprender e confrontar os conhecimentos passados com os atuais. Essa é a arma da sociedade contemporânea.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.