O Autogerenciamento Vivencial (AGV) no condicionamento dos atletas

O Autogerenciamento Vivencial (AGV) no condicionamento dos atletas

9 de setembro de 2019 Off Por Claudio Lima

Dando continuidade ao tema AGV no esporte, será tema desse artigo o condicionamento de atletas.

Percebe-se, que no condicionamento dos atletas, o seu foco principal é a parte física e técnica. A parte psicológica quase não se fala, fica em segundo plano, nos dando a impressão de que a cabeça do atleta não foi feita para pensar, analisar e sim, para memorizar e agir conforme o estabelecido.

Ignoram que a arte do pensar, do refletir é que o permitirá ter “autogestão” sobre as suas atitudes, comportamentos e pensamentos antes, durante e depois das competições e principalmente naqueles momentos imprevisíveis, improváveis e inesperados surgidos antes e durante as competições, como também, se autoconhecer, se autotransformar, se auto…..

É por meio da autoconsciência e da autorreflexão que se torna possível a mente do atleta desenvolver a sua capacidade de pensar, de analisar, de construir e reconstruir, de modificar as suas realidades psicológicas antes, durante e depois das competições de forma consciente, lógica e cada vez mais apropriada a cada circunstância, isto é, ter “autogestão” sobre as suas atitudes, pensamentos e comportamentos.

Elas possibilitam a mente do atleta desenvolver a habilidade de mudar seja na maneira de lidar com os momentos e as dificuldades, de escolher que atitude deverá ter diante dessa ou daquela situação adversa ou não, a ter novas atitudes diante delas

Porém, para que tal fato aconteça, é preciso investir na sua maturidade e saúde psicológica e em novas informações, abrir novas janelas de conhecimentos, já que interferem na construção e na qualidade dos elementos instigadores, nas suas percepções e interpretações psicológicas, na elaboração da lógica psicológica que irá utilizar diante dessa ou daquela situação para o seu bom desempenho.

Logo, o seu aprimoramento psicológico o permitirá ser mais consciente e criativo ao elaborar soluções para as suas dificuldades, tanto antes, como no decorrer das competições, como depois e a trocar determinada atitude por outras, e assim, deixar de ser levados por conflitos psicológicos ou insistir em “erros”, em atitudes, comportamentos e pensamentos inadequados, na esperança de darem certos.

Logo, é possível afirmar e reafirmar que é através da autoconsciência e da autorreflexão que o mundo psicológico se submete ao controle do atleta.

Só assim, será possível evitar que seja envolvido constantemente por momentos e escolhas inadequadas e consequentemente pelo fracasso, embora, os seus músculos, a sua capacidade cardiorrespiratória e sua técnica estejam no seu melhor desempenho.

Porém, isto não significa que atletas bem-preparados tanto fisicamente, tecnicamente, como psicologicamente nunca irão perder ou errar. Mas com certeza, o que se pode dizer é que evitarão muitos erros e que em termos de desempenho, sempre irão dar o seu melhor.

Donde se conclui que, o desempenho do atleta não só depende do seu corpo, do seu condicionamento físico e técnico, mas também, do gerenciamento do seu mundo psicológico que o envolve a todo momento, do seu condicionamento psicológico.

O que nos permiti concluir que nenhum desses aspectos (físico, técnico ou psicológico) é mais importante que o outro na sua preparação, no seu condicionamento, já que, qualquer desequilíbrio em um deles, o levará ao fracasso.

Exemplo: Embora esteja preparado psicologicamente, mas se a sua parte física e técnica estiverem a desejar, fatalmente perderá e o inverso também é verdadeiro.

Em razão disso, é necessário não só focar no seu condicionamento físico, técnico como também no seu condicionamento psicológico, “conjuntamente”.

Enfim, é possível destacar que é através do mundo psicológico e não físico ou emocional que a mente do atleta busca saída para as dificuldades.

Em termos de conscientização psicológica, o Autogerenciamento Vivencial (AGV) por ter uma metodologia voltada para o psicológico, para o presente, para o consciente, para o lógico, para o cognitivo/vivencial, é o método que pode ser aplicado de forma conscienciosa e reflexiva aos atletas no seu condicionamento psicológico e no aprimoramento da autopercepção e autogestão, já que procura orientar o atleta a se autoconhecer e a lidar com as suas fragilidades e com as pressões psicológicas de forma lógica e consciente, pois só assim, essas situações não o levarão ao desequilíbrio psicológico, não interferindo no seu desempenho durante as competições. Mesmo sobre tensão, o atleta terá condições de agir de forma apropriada.

É importante ressaltar que o AGV não prega a “certeza” do controle de todas as situações, já que a mente humana é impermanente, logo, dependente do seu estado psicológico. Porém, também, não há como negar a sua importância no processo como um todo, pois permitirá ao atleta “evitar” muitas escolhas e atitudes inadequadas antes e durante as competições.

Para o AGV a única maneira para amenizar essas escolhas inadequadas são:

  • Motivá-lo a pensar, a usar a sua inteligência e criatividade.
  • Investir no desenvolvimento da sua maturidade psicológica.
  • Ter uma atenção redobrada sobre o seu “estado psicológico”.
  • Desenvolver a sua habilidade para resolver problemas.
  • Aprimorar a sua autopercepção

Uma vez que irão interferir nas suas atitudes, comportamentos e pensamentos diante dessa ou daquela situação.

Nota: Como já foi dito em artigo anterior, para o AGV o emocional não produz qualquer ação e nem interfere nas suas atitudes, comportamentos e pensamentos e sim o mundo psicológico e suas lógicas cognitivo/vivenciais, através dos seus elementos instigadores, suas percepções e interpretações psicológicas que lhe dão vida.

Para aprofundar no conhecimento, leia o e-book do Autogerenciamento Vivencial editado pela simplíssimo.com.br.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.