LÓGICA COGNITVO-VIVENCIAL OU PSICOLÓGICA OU DO PENSAMENTO

LÓGICA COGNITVO-VIVENCIAL OU PSICOLÓGICA OU DO PENSAMENTO

7 de dezembro de 2023 Off Por Claudio Lima

“A GESTORA DA NOSSA DINÂMICA PSICOLÓGICA”

Em termos psicológicos, a lógica cognitivo-vivencial ou psicológica ou do pensamento consiste na ciência dos nossos raciocínios psicológicos e esses, por sua vez, possuem a função de encadear, de conectar as nossas ideias em relação a determinadas situações, estruturando à nossa maneira de pensar, determinando as nossas atitudes, comportamentos e pensamentos em relação a essas situações.

 Vamos lá!

Para o Autogerenciamento Vivencial, em termo psicológico, todo ato humano, todo pensamento, se sustenta numa lógica composta de duas faces: “a cognitiva”, que representa o conhecimento aprendido de forma sistemática; e “a vivencial”, que espelha o conhecimento adquirido no decorrer de nossas vivências. Tal pressuposto nos possibilita o raciocínio de que não existem atos cognitivos e vivenciais que sejam involuntários ou inconscientes.

A nossa lógica cognitivo-vivencial ou psicológica ou do pensamento é constituída pelas leis e regras elaboradas por nós, por meio de encadeamento de ideias, através dos nossos raciocínios psicológicos. Tal processo se utiliza dos nossos conhecimentos cognitivos e vivenciais obtidos através das nossas experiências e aprendizados.

A lógica cognitivo-vivencial ou psicológica ou do pensamento nos conduzirá, através do pensamento constituído em relação a uma determinada situação, as nossas ações, determinando a maneira como iremos interagir com elas, no nosso mundo interior e exterior, em relação as nossas atitudes, comportamentos e pensamentos.

O que se percebe que, em termos psicológicos, todo os nossos pensamentos são estruturados em uma lógica. Nada é emocional, inconsciente ou involuntário.

Faremos agora, uma diferenciação entre conhecimento cognitivo e vivencial ou psicológico.

 O conhecimento cognitivo, é um conhecimento preestabelecido, já que vem com os seus significados prontos, nós só o reproduzimos, de base empírica, é aceito por todos como a expressão da realidade, ou seja, como verdadeiro. Seu conteúdo é aprendido e repassado de geração a geração. Temos como exemplos o nosso aprendizado escolar e universitário, os livros, os estudos científicos, as regras que organizam o nosso sistema social etc.

Tal conhecimento busca, de certa maneira, dar a nós, compreensões idênticas do mundo em que vivemos. Ele também molda as nossas atitudes, comportamentos e pensamentos, com a finalidade de nos organizar e a sociedade, dentro dos moldes desejados. Até podemos recusar a anexá-lo à nossa maneira de conhecer e de viver, por vontade própria; ou podemos nos ajustar às verdades que nos são reveladas. Mas não conseguiremos modificá-lo, levado apenas pelo desejo. Porque o que está preestabelecido pressupõe estabilidade, dogmatismo, veracidade.

O saber cognitivo é resultado de uma acumulação progressiva de verdades objetivas e científicas, a partir das quais, podemos ter o conhecimento antecipado das respostas certas e assim evitar os erros. Por pertencerem ao mundo previsível, a experiência, o aprendizado e a interpretação dos erros seguem caminhos próprios, denominados da seguinte maneira: experiência cognitiva, aprendizado cognitivo, erro cognitivo.

Já o conhecimento vivencial ou psicológico ou do pensamento, por sua vez, estrutura um saber particular, próprio de cada pessoa: já que é ela quem elaborada os seus significados, logo, subjetivo, relativo, transitório, por isso mutável, imprevisto e inesperado. Um saber cuja existência depende da experiência vivencial e da percepção e interpretação de cada um de nós.

Primeiro, vivemos os acontecimentos; depois é que saberemos se acertamos ou erramos nas escolhas feitas. Assim o aprendizado vivencial é algo que se realiza após o vivenciado. Além disso, é um saber ligado não ao que nos acontece, mas ao modo como lidamos com os acontecimentos. É um saber que se prepara no decorrer das vivências. É construído no íntimo de cada um de nós, no transcorrer dos momentos vividos. Portanto, somos nós que estabelecemos para cada momento de nossas vidas um juízo de valor, de acordo com a nossa maturidade intrapessoal ou psicológica.

Por ser o conhecimento vivencial fruto das percepções e interpretações individuais, ninguém pode vivenciar a experiência vivencial ou psicológica do outro. Mesmo que alguns acontecimentos sejam comuns a todos, o aprendizado será sempre singular e único, ou seja, a maneira de reagir e sentir o mundo e a nós mesmos não será igual. Por isso, o saber vivencial, além de imprescindível, é dinâmico, devido à sua imprevisibilidade e transitoriedade. No mundo vivencial, a experiência, o aprendizado e a interpretação dos erros seguem uma lógica própria e são designados da seguinte maneira: experiência vivencial, aprendizado vivencial e erro vivencial.

Podemos inferir que a referida lógica (cognitivo-vivencial ou psicológica ou do pensamento) nos influi, decisivamente, em muitos sentidos: na percepção, no pensamento, na vontade, na ação, na saúde, no equilíbrio etc. Ela é a chave que abre as portas para a nossa harmonia vivencial.

Por outro lado, conforme o elemento instigador (seja o medo, a ansiedade ou outros) e a lógica constituída em relação a eles, pode se tornar uma espécie de freio para os nossos processos psíquicos. Pode nos colocar num estado de dormência e corromper nosso juízo crítico; tornando-nos desorientados e submissos aos nossos sofrimentos e conflitos.

Podemos dizer que a lógica cognitivo-vivencial, representa a nossa realidade psíquica, seja no aspecto fictício ou real. Sua importância será sempre proporcional ao valor que os fatos têm para cada um de nós.

Não podemos esquecer que somos o que decidimos ser. Por trás de nossas decisões sempre haverá “um motivo, uma necessidade ou uma carência” atuando como elementos propulsores e uma lógica nos guiando. Nada é feito ao acaso.

Enfim, a nossa lógica cognitivo-vivencial ou psicológica ou do pensamento está presente em nossas interações com os mundos exterior e interior. Ela atua nos fatos presentes, nos acontecimentos pretéritos e nas perspectivas futuras. É estruturada a partir das nossas percepções e interpretações e depende da memória para ser lembrada. Determina a nossa “dinâmica vivencial”, isto é, o modo como “reagimos” aos estímulos, tirando da emoção o seu caráter impulsivo e de produtora de ação. Ou seja, ela não produz nem interfere na ação. Passa a ter apenas a função “de expressar o sentimento despertado” pela lógica cognitivo-vivencial ou psicológica ou do pensamento, criadas por nós.

É importante destacar que:

É por meio da dedução ou indução que: “criamos e validamos” as nossas lógicas psicológicas.

Vivemos sobre a batuta de duas verdades: “as verdades da natureza” que são codificadas por nós humanos, transformando em leis para determinadas ciências humanas, constituindo verdades humanas inquestionáveis, absolutas ou seja, não podem ser mudadas, levadas pelos desejos humanos e as “verdades humanas”, que são questionáveis e relativas, que podem ser mudadas de acordo com a “vontade de cada humano”.

Não as confundam, ao construir as suas lógicas cognitivo-vivenciais.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.