A ILUSÃO E SEUS DESAFIOS NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL (AGV)

A ILUSÃO E SEUS DESAFIOS NO OLHAR DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL (AGV)

8 de março de 2024 Off Por Claudio Lima

Na verdade, somos nós que criamos e vestimos as nossas ilusões e todo processo envolve um custo psicológico. Pense nisso!

A ilusão é um ato psicológico, consciente, lógico e subjetivo, onde buscamos alívio momentâneos para as situações conflitantes, com a finalidade de amenizar esses momentos angustiante, de sofrimentos, de frustração etc., que nos envolvem a cada dia.

Só que tais alívios ocorrem através de fuga da realidade. Nos enganamos com enganos construídos por nós.

Tais procedimentos geram, em algumas situações, consequências desastrosas para o nosso equilíbrio psicológico. Cuidado com ela.

As suas consequências psicológicas, dependerão do porquê, do motivo que ela foi criada, ou seja, do seu elemento instigador e da lógica psicológica que a justifica. Em razão disso, é importante gerenciá-la, tanto na sua criação, como na convivência com ela.

Ainda bem que é a mente humana que cria e gerencia as ilusões, logo, há como termos autogestão sobre elas. É por isso que a terapia funciona.

Infelizmente, as lógicas psicológicas elaboradas, com a finalidade de nos iludir, ao nos envolver, nos dará a falsa impressão de que o imaginado é verdadeiro e que tudo está sob nosso controle.

Essa compreensão incorreta acaba interferindo e nos impedindo de ter uma visão correta do que está acontecendo realmente. Tal ação, nos conduz a agirmos inadequadamente diante dos nossos conflitos psicológicos.

Devido a isso, a nossa capacidade de julgar as próprias condutas, fica seriamente comprometida por essas falsas realidades, nos impedindo de perceber, com a devida clareza, os seus efeitos sobre nós.

É por isso, que algumas pessoas, mesmo alertadas dos seus efeitos nocivos, têm dificuldade de entender e agir e continuam a acreditar na sua ilusão. Para elas, esse é o caminho certo para superar as suas dificuldades vivenciais.

Triste ilusão! Ao ignorarem o mundo real por muito tempo, acabam se desequilibrando psicologicamente, fisicamente e energeticamente e o pior, se aprisionando a ela.

Olha que interessante! Apesar de ter a ilusão a nos apoiar e a justificar as nossas atitudes, mesmo assim, continuamos infelizes, insatisfeitos com as vidas que estamos levando. Essa angustia envolvente, nos sinaliza que esse não é o caminho correto.

Logo, achar que, ao criarmos falsas realidades num toque de mágica, exterminaremos os nossos conflitos psicológicos. É puro engano! Encontraremos, sim, justificativas e não soluções, por isso, essa sensação eterna de insatisfação, apesar das ilusões criadas.

Cuidado! Ao viver no mundo mágico da ilusão é tornar-se o gestor do próprio desequilíbrio psicológico. Iludido é aquele que acha que consegue transformar a realidade, apegando-se ao irreal.

Nesse olhar sobre a ilusão, podemos chegar a alguns entendimentos:

Na realidade, ninguém é iludido, ilude-se.

A autoilusão: é o processo de nos enganarmos, a ponto de considerarmos verdadeiro o que é falso.

A autoilusão pode nos satisfazer temporariamente; porém, as suas consequências psicológicas, com o tempo, serão trágicas.

Na autoilusão, entramos num mundo imaginário para viver o que, na realidade desejamos, mas não vivemos.

Quanto mais cedo compreendermos a verdadeira realidade de nossas vidas, mais preparados estaremos para gerenciá-la.

A verdade de cada um de nós só pode ser encontrada, se vivermos a vida com autorrespeito, com autoamor, com autoconsciência e autorreflexão, deixando de ter uma mente robotizada, evitando a estreiteza mental.

Estarmos abertos a novas escolhas, a novas percepções, a novos conhecimentos, contribui para a qualidade das nossas autogestões, do nosso autogerenciamento vivencial.

Enfim!

Um dos grandes desafios psicológicos que interfere na qualidade das nossas autogestões, do nosso autogerenciamento vivencial, é diferenciar o que é ilusão da realidade.

Autor: Cláudio de Oliveira Lima – Psicólogo – Idealizador e Especialista do Autogerenciamento Vivencial (AGV) e desenvolvedor de uma Psicologia com uma visão Quântica.